Um Festival da Eurovisão “apolítico” que foi sobretudo político
A final da 68.ª edição do Festival Eurovisão da Canção, em que iolanda e Grito ficaram em décimo lugar, foi caótica de uma forma que fará a RTP pedir satisfações à organização.
“Muito obrigado e espero que este concurso possa cumprir a sua promessa e apoiar a dignidade e a paz.” Foi assim que Nemo, a pessoa não binária que venceu a 68.ª edição do Festival Eurovisão da Canção com The Code, agradeceu a vitória no sábado à noite. Algures no palco, deixou cair o troféu, este partiu-se e deram-lhe um outro. O troféu ter-se partido funciona como uma imagem do concurso de 2024, marcado pela presença de Israel e os esforços da organização para tentar manter a ideia de que a competição é “apolítica”. O drama, este ano, não se ouviu só nas canções — e a operática The Code, com toques de drum’n’bass e outras músicas de dança, tem muito do drama e intensidade que se espera do concurso. Tudo à volta do festival, apresentado por Malin Åkerman e Petra Mede, foi pródigo em drama.
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