Em dia de celebrações, Paulinho deu mais cor à festa do Sporting
Num jogo em que o Estoril entrou em campo com a manutenção garantida, os “leões” asseguraram mais um triunfo na I Liga com um golo no minuto 81.
O jogo, já se sabia, ia ser de celebração para o novo campeão nacional, mas, a menos de uma hora de ser dado o pontapé de saída no estádio António Coimbra da Mota, chegou a notícia de que, afinal, o convite para a festa era duplo: com o empate do Portimonense na jornada 33, o Estoril entrou em campo com a manutenção já garantida. Com tudo isto, o jogo teve descontração a mais e emoção a menos durante dois terços da partida, mas um forcing final dos “leões” garantiu que o Sporting marcasse pelo 41.º jogo consecutivo: apostas de Rúben Amorim na parte final, Nuno Santos (assistência) e Paulinho (golo) deram mais cor à festa sportinguista.
O conforto de saber que, três anos depois, conseguiu recolocar o Sporting no topo do futebol português podia ter levado Rúben Amorim a ter a tentação de aproveitar as duas últimas jornadas para revolucionar as suas escolhas habituais e dar descanso aos seus "pesos-pesados" antes da final da Taça de Portugal, agendada para 26 de Maio. Porém, se teve esse ímpeto, o técnico resistiu.
Sem Adán e Israel, havia a certeza de uma estreia na baliza sportinguista - Diogo Pinto faz a estreia absoluta pela principal equipa do Sporting com 19 anos e 11 meses -, mas, daí para a frente, manteve-se quase tudo na mesma - Hjulmand foi suplente -, apenas com uma pequena nuance: ao contrário do que é habitual, Esgaio e Matheus Reis foram titulares nas alas em simultâneo.
Forçado a planear a recepção ao novo campeão sem ter a garantia de que não precisava de mais qualquer ponto para garantir a manutenção, Vasco Seabra apresentou um plano de jogo com algumas cautelas e uma baixa importante: emprestado pelos “leões”, Mateus Fernandes ficou de fora.
Num final de tarde com bastante sol e ambiente muito animado nas bancadas, o jogo acabou por ser quase sempre frio no relvado. Mesmo procurando sempre ter o controlo da partida, rapidamente se percebeu que a ausência de Geny Catamo e de Nuno Santos retirava ao Sporting largura e velocidade. Com isso, o Estoril teve menos problemas para defender e conseguiu concentrar mais atenções em Gyökeres.
Na primeira parte, apenas depois da primeira meia hora a equipa de Amorim conseguiu criar oportunidades de (relativo) perigo – Bragança, aos 37’; Pedro Gonçalves, aos 44’ -, mas foi do Estoril a melhor ocasião antes do intervalo: após um excelente passe de Guitane, o talentoso Rodrigo Gomes acertou no poste de Diogo Pinto.
Sem que qualquer treinador fizesse mudanças nos balneários, a segunda parte começou com o mesmo ritmo lento e sem motivos de interesse. A intensidade e as rotações baixas mantiveram-se até à hora de jogo, quando Amorim trocou Matheus Reis e Bragança por Nuno Santos e Paulinho.
Com isso, o Sporting melhorou um pouco e, com o habitual inconformismo de Gyökeres, começou a colocar o Estoril mais vezes em sobressalto. Como resultado disso, depois de um par de boas oportunidades desperdiçadas, foi Paulinho quem lançou no Estoril o único foguete da festa sportinguista: após combinar com Gyökeres, a nona assistência de Nuno Santos resultou no 14.º golo de Paulinho na I Liga.