Câmara do Porto vai iluminar fachada com bandeira arco-íris

Bandeira LGBT será hasteada em frente ao edifício e não nos mastros oficiais, como BE queria para assinalar dia internacional da Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia. Marchas têm luz verde.

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O dia internacional da Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia assinala-se a 17 de Maio REUTERS/MARTON MONUS
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O presidente da Câmara do Porto comprometeu-se, na reunião do executivo desta segunda-feira, a usar a fachada dos Paços do Concelho para projectar a bandeira arco-íris para assinalar o dia internacional da Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia. A ideia deverá ser posta em prática na noite de 16 de Maio, anterior ao dia internacional. “É um bom modelo”, admitiu o autarca.

O debate fez-se à boleia de uma proposta do Bloco de Esquerda que, mais uma vez, pediu à Câmara do Porto para hastear oficialmente e no edifício principal a bandeira LGBT para “demonstrar o compromisso do executivo e da câmara contra este tipo de violência que está reconhecida internacionalmente”. Para Maria Manuel Rola, “o Porto não pode passar ao lado deste dia” e deve demonstrar “o seu compromisso com esta luta”.

Rui Moreira foi peremptório: o modelo sugerido pelo BE não será o seguido. A autarquia irá, seguindo a mesma prática do ano anterior, hastear a bandeira LGBT num mastro colocado em frente ao edifício e não nos mastros oficiais.

“Se conseguíssemos acabar com este tipo de violência hasteando bandeiras mandava pintar a câmara de arco-íris. O problema é que não resolve. É pura demagogia”, considerou, recusando também, com o mesmo argumento, decretar o município como cidade livre de violência LGBTQIA+.

Sobre as marchas de orgulho gay, o autarca adiantou que os dois pedidos de autorização já foram aprovados: uma acontecerá no Largo Amor de Perdição e outra no Parque da Pasteleira.

Alberto Machado, vereador do PSD, acusou o Bloco de Esquerda de ver o mundo a “preto e branco”, dizendo ter crescido sob o lema “todos diferentes e todos iguais” e recusando a adesão à realidade portuguesa de dados apresentados pela vereadora bloquista sobre a discriminação da comunidade LGBT.

Rosário Gambôa lembrou a importância dos gestos e palavras: “O dia faz uma coisa muito importante: diz que existe este problema”, apontou. “É importante dizer, denunciar, tornar visível aquilo que pode acontecer debaixo do pano.”

Também Ilda Figueiredo, da CDU, subscreveu a proposta do BE, que acabou recusada pela maioria de Moreira e PSD. Para a vereadora comunista, “continua a haver um conjunto de discriminações a algumas pessoas” e o dia internacional é relevante para “chamar a atenção” para isso mesmo.

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