O denunciante dos abusos no grande negócio do camarão indiano

Há seis meses, Joshua Farinella aceitou um emprego de sonho numa fábrica de transformação de camarão na Índia. O que encontrou era outra coisa — indícios de múltiplos crimes.

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O denunciante do negócio do camarão
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A 29 de Outubro de 2023, um americano de 45 anos chamado Joshua Farinella apanhou um avião para a cidade de Amalapuram, perto da costa Leste da Índia, para começar o seu novo trabalho como gerente de uma fábrica de transformação de camarão. Farinella, de cabeça rapada e voz suave, barba impecavelmente aparada e braços tatuados de cima a baixo, estava entusiasmado com a perspectiva de viver fora pela primeira vez. É verdade que seria um trabalho de grande pressão e que teria saudades de Christa, a sua mulher, mas tinha conseguido negociar um salário de 300 mil dólares por ano (280 mil euros), mais do dobro do que ganhava noutra empresa de marisco nos EUA. Dizia a brincar que era o trabalhador do camarão mais bem pago não sendo dono da sua própria empresa. Pensou que, se se conseguisse aguentar dois ou três anos, ficaria com a vida garantida: ia conseguir fazer melhorias na sua autocaravana, pagar o empréstimo do carro e pôr algum dinheiro de lado para a universidade da enteada.

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