“Há uma senhora que vai sempre ali ao café, senta-se na esplanada, pede um copo de vinho e fica a fumar o seu cigarro nas calmas. É muito simpática. A mim, não me incomoda nada. Mas é verdade que existem situações complicadas com essas pessoas”, diz Maria Correia, de 82 anos, nascida em Campo de Ourique, mas desde criança a morar no Beato. Ao comprar o jornal numa das principais papelarias do bairro, na central Rua do Grilo, a meio da manhã, é surpreendida pela pergunta sobre como vê a abertura do Centro de Acolhimento de Emergência Municipal (CAEM) para pessoas em situação de sem-abrigo, no início do mês, na vizinha Ala Norte da antiga Manutenção Militar. A sua reacção pode bem espelhar a ambivalência com que a comunidade encara a novidade.
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