Descolonizar o 25 de Abril nos manuais
A ideia de que se tratou de uma revolução “quase sem derramamento de sangue” retira de cena os mortos e feridos em 13 anos de guerra em África e perseguição e tortura de antifascistas.
A partir dos manuais de história é difícil compreender o porquê da expressão “O 25 de Abril nasceu em África”. A radicalização dos capitães de Abril é narrada como resultado da revolta contra as injustiças na carreira militar e da constatação de que seria impossível vencer a guerra colonial. É como se o contato destes com o projeto político-ideológico dos movimentos de libertação pouco ou nada tivesse pesado.
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