Mas para quê, Sebastião?
Tal como em 2019, prestou um péssimo serviço a um campo da democracia não menos importante do que a política – o campo do jornalismo, no seu mais nobre papel de vigilância dos poderes.
Conheço o Sebastião Bugalho há uma década. Comecei a acompanhar o seu percurso quando era um jornalista de 20 anos no i e no Sol, e o seu talento era tão evidente que ninguém duvidava que tinha uma carreira brilhante à sua frente. Tal como Paulo Portas no fim dos anos 80, Bugalho começou a fazer muita coisa muito depressa, sobretudo no campo do jornalismo político, onde rapidamente construiu uma rede de contactos e de amizades, da esquerda à direita. Por ser muito novo e ter absoluta consciência da sua inteligência e qualidade, havia quem o achasse altivo e enfatuado, mas sempre preferi gente valorosa com nariz empinado a vendedores de banha da cobra armados de falsa modéstia, que é o que mais há por aí, para mal dos nossos pecados.
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