Com pressa de construir, cidades portuguesas arriscam-se a desordem urbanística

Novo livro alerta para a troca do pensamento estruturado por um “pragmatismo burocrático”. Necessidade de aproveitar verbas do PRR na habitação e nos transportes joga a favor de empreiteiros.

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Autores do livro salientam o que consideram ser a ausência de pensamento na construção das cidades, sob pressão de se fazer obra Manuel Roberto
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A grande urgência em se construir mais habitação e mais infra-estruturas de transportes públicos, ditada não apenas pela sua necessidade imperiosa, mas também pelo empenho em aproveitar os prazos do seu financiamento através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), pode estar a assumir um papel determinante numa tendência muito recente, mas que terá começado já a fazer o seu caminho: a substituição do pensamento e do planeamento urbanísticos estruturados nas cidades portuguesas, em detrimento de um “pragmatismo burocrático” que beneficia o interesses dos empreiteiros.

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