Concurso para remodelação do Museu do Chiado recebeu 29 propostas

As obras de ampliação, com um custo estimado em cerca de oito milhões de euros, destinam-se a duplicar as áreas de reservas e exposições do museu de arte contemporânea, medida reclamada há décadas.

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A entrada do Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado na Rua Capelo Margarida Basto
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São 29 as propostas que se apresentaram ao concurso para a elaboração do projecto de remodelação e ampliação do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado (MNAC), anunciou esta quarta-feira o Património Cultural – Instituto Público.

"Prevê-se que o projecto de arquitectura fique concluído até ao final do primeiro semestre de 2025", indica, em comunicado, o instituto público.

Lançado em Dezembro de 2023 pela então Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), com a assessoria técnica da Secção Regional de Lisboa e Vale do Tejo da Ordem dos Arquitectos, o concurso público internacional tem um valor de 750 mil euros, sem IVA, e o prazo de candidatura terminou no passado dia 10 de Abril.

Segue-se agora a fase de apreciação das propostas, a cargo de um júri constituído por representantes do Património Cultural e da Ordem dos Arquitectos.

As obras de ampliação do MNAC, com um custo estimado em cerca de oito milhões de euros, destinam-se a duplicar as áreas de reservas e exposições, uma medida reclamada há décadas pelos sucessivos directores do museu, devido à exiguidade do espaço disponível neste equipamento cultural que tem à sua guarda uma das mais importantes colecções públicas de arte do país.

O projecto a desenvolver neste museu, que completou 100 anos em Maio de 2011, abrangerá uma parte do edifício onde estava anteriormente instalada a PSP, e parte do edifício do antigo Governo Civil de Lisboa.

"Pretende-se, com esta remodelação, criar uma articulação entre os três edifícios, incluindo o mais antigo onde o museu está instalado", salienta o PC-IP, organismo que sucedeu em Janeiro à DGPC.

O acervo do MNAC é de quase cinco mil obras de arte, produzidas desde 1850 e até à actualidade.

Em Dezembro de 2023, a directora do MNAC, Emília Ferreira, em declarações à agência Lusa, considerava que o projecto iria "beneficiar as condições do acervo e exposições", assim como o trabalho dos funcionários e o acesso e o acolhimento dos visitantes. Salientou então a importância deste projecto para o museu, "que não tem tido a possibilidade, por falta de espaço, de apresentar uma exposição de longa duração, com peças em número significativo, com um percurso mais compreensivo da colecção".

Serão "também muito bem-vindos espaços técnicos, auditório, serviços educativos e para reservas", acrescentava.

Em Dezembro, o MNAC iniciou obras no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, para as quais recebeu 1,8 milhões de euros. Deverão ficar concluídas num prazo de seis meses e permitir a reparação de "problemas antigos e urgentes", nomeadamente a recuperação e a instalação de ar condicionado e de coberturas, a reparação de infiltrações e a substituição de janelas.