Israel: Portugal tem “tudo preparado se for preciso evacuação”

Em Israel “há uma comunidade de cerca de 30 mil cidadãos com nacionalidade portuguesa”, sublinhou o secretário de Estado.

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O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, garantiu, este domingo, que “está tudo preparado se for preciso” retirar portugueses expatriados de Israel, revelando ainda que há 47 portugueses a tentar sair do Irão.

Em declarações à agência Lusa, a propósito do ataque iraniano a Israel, no sábado, José Cesário referiu que em Israel “há uma comunidade de cerca de 30 mil cidadãos com nacionalidade portuguesa” e “alguns portugueses expatriados em turismo ou a trabalhar”, estando neste último caso referenciadas 13 pessoas.

Segundo José Cesário, o Governo português está “atento à evolução da situação”, estando “tudo preparado se for preciso uma evacuação”, havendo os meios para o efeito. Sublinhou ainda que esse acompanhamento da situação será feito em “articulação com os parceiros da União Europeia”.

Quanto aos portugueses que estejam em Israel e precisem de apoio, o mesmo responsável lembrou que devem recorrer ao Gabinete de Emergência Consular em Lisboa, por via telefónica, podendo ainda entrar em contacto com a Embaixada de Portugal em Israel.

De momento, aconselhou ainda, os cidadãos portugueses devem abster-se de viajar para a região em conflito e “quem lá estiver deve cumprir as orientações das autoridades locais em matéria de segurança”.

Quanto aos portugueses que tentam sair do Irão não foram adiantados mais pormenores.

O espaço aéreo israelita, encerrado no sábado à noite pouco antes do ataque iraniano a Israel, reabriu às 7h30 locais (5h30 em Lisboa), anunciou a autoridade aeroportuária. O portal na Internet do aeroporto dá conta de atrasos significativos, tanto nas partidas como nas chegadas.

O Irão lançou no sábado à noite um ataque com drones contra Israel “a partir do seu território”, confirmou o porta-voz do exército israelita num discurso transmitido pela televisão.

Numa mensagem na rede social X, a missão iraniana junto da ONU alegou que, “de acordo com o artigo 51.º da Carta das Nações Unidas sobre a legítima defesa, a acção militar do Irão foi uma resposta à agressão do regime sionista” contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco.

As tensões entre os dois países subiram nas últimas semanas, depois do bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, a 1 de Abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.