Uma família às direitas

O livro declara guerra a tudo o que não figura no seu postal ilustrado de família, acusando os seus pretensos inimigos de falta de fundamento científico enquanto respalda as suas convicções na crença.

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“Não julguem ninguém sem primeiro andar duas luas nos seus mocassins.” Tento socorrer-me deste ditado cheyenne sempre que um sentimento de forte desconsideração por alguém assoma o meu espírito. O que aconteceu recentemente, ao olhar para as pessoas presentes no lançamento do livro Família e Identidade. Dei por mim a pensar no ditado e, em vez de os execrar a todos, roubei-lhes os mocassins, que trago calçados. Apesar de estar muito aquém das duas luas, já cheguei a algumas conclusões, aceleradas pela leitura que fiz do livro. Aos autores, descubro-lhes traços identitários: o de uma forte crença em Deus, manifestada em diversos modos e circunstâncias, e um outro atributo — o de serem antitudo o que não figura no seu pequeno universo referencial (hiperidealizado).

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