Taxas Euribor sobem ligeiramente, apesar da sinalização de corte de juros do BCE

As taxas fixadas no mercado monetário já antecipam primeiro corte nas taxas directoras, a decidir em Junho.

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Custo dos empréstimos à habitação deverá descer muito lentamente nos próximos meses DR
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As taxas Euribor, que servem de referência para grande parte dos empréstimos à habitação existentes em Portugal, subiram ligeiramente esta sexta-feira, quando se poderia esperar uma descida pelo facto de o Banco Central Europeu (BCE) ter sinalizado, pela primeira vez este ano, um corte no custo de dinheiro.

A explicação para este comportamento está no facto de o mercado já ter antecipado essa provável corte nas taxas directoras, mas também na incerteza sobre a dimensão dessa primeira redução e das subsequentes. Um cenário sempre difícil de antever, quando o foco principal da política monetária é controlar a inflação e há outras variáveis a considerar, como as decisões da Reserva Federal norte-americana, pelo impacto que podem ter no mercado cambial.

Na reunião desta quinta-feira, o conselho de governadores decidiu manter a taxa de juro de depósito em 4% e que serve de principal indicador para as taxas Euribor, deixando expresso no comunicado a possibilidade de um corte em Junho: “Se a avaliação actualizada do conselho de governadores à evolução da inflação, à dinâmica da inflação subjacente e à força da transmissão da política monetária voltar a aumentar a sua confiança de que a inflação está a convergir com o objectivo de uma forma sustentada, será apropriado reduzir o actual nível de restrição da política monetária.”

Na primeira sessão após a reunião, e de acordo com os dados divulgados pela Lusa, as taxas subiram nos três prazos, com o de seis meses, que recentemente passou a ser o que está presente em maior número de contratos (36,6%), a subir para 3,865%, mais 0,003 pontos percentuais do que na quinta-feira, ainda assim longe do máximo fixado em 18 de Outubro de 2023 nos 4,143%.

A taxa a 12 meses, o segundo mais utilizado (34,7%), aumentou mais 0,019 pontos percentuais, para 3,748%, também distante dos 4,228% registados em Setembro passado. Contudo, este prazo chegou a cair para cerca de 3,5%, quando se esperava um corte de taxas do BCE mais rápido.

No prazo mais curto, a três meses, a subida foi de 0,017 pontos, para 3,923%, depois de ter chegado a 4,002% na recta final do ano passado.

Apesar das pequenas variações que as taxas Euribor têm registado este mês, as médias mensais poderão garantir ligeiras descidas nos contratos a rever em Maio, tendo em conta os valores (ligeiramente mais altos) que serviram de base às revisões anteriores.

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