Companhia de Teatro de Almada entre tristeza e alegria na via da democracia

Cosendo textos de António Cabrita, Jacinto Lucas Pires, Patrícia Portela e Rui Cardoso Martins, Teresa Gafeira estreia A Sorte que Tivemos!, em cena até 5 de Maio.

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"Uma revolução não se celebra, pratica-se", sublinha o novo espectáculo da Companhia de Teatro de Almada RUI CARLOS MATEUS
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Não será, certamente, a imagem que ficará gravada no público que se deslocar ao Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada, até 5 de Maio. Mas é uma das mais expressivas, e que se ligam de forma mais directa à memória de Teresa Gafeira. Um objecto que se levanta e debaixo do qual saem dezenas de formigas, apressadas a tomar o seu caminho, com maior ou menor acerto. A encenadora de A Sorte que Tivemos!, espectáculo que a Companhia de Teatro de Almada agora estreia a pretexto dos 50 anos do 25 de Abril, tinha 21 anos quando caiu a ditadura e lembra-se desse “dia absolutamente incrível", de ver "as pessoas, no momento em que a revolução se estava a dar, todas a sair à rua – não sabiam para onde, não tinham programa, mas foram”. Assim o resume: “De repente, levantou-se uma tampa e começámos todos a correr.”

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