Não têm sido dias fáceis para L. (nome fictício). Trabalhou na apanha da azeitona em Marvão, sem contrato, e se chovesse não lhe pagavam. O timorense acabou por vir para Lisboa e está há um mês a dormir numa tenda no largo da Igreja dos Anjos. Hoje já teve duas “visitas”, numa primeira a Polícia de Segurança Pública questionou-o sobre os seus documentos, que diz que estão em dia. Da conversa, ficou a indicação de que deveria ir apresentar a situação que viveu em Marvão a uma esquadra no aeroporto. Logo a seguir uma equipa da Câmara Municipal de Lisboa e da associação Comunidade Vida e Paz perguntou-lhe se não queria ir às tendas ser atendido pela Agência para Integração, Migrações e Asilo (AIMA) e a Santa Casa da Misericórdia. Nem ele nem outros timorenses a seu lado se predispuseram a ir.
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