Da esfera armilar à “família natural”

Figuras de peso da direita conservadora servem-nos um “rancho” de ideias regressivas que são um ataque às conquistas das mulheres e das pessoas LGBTQIA+.

Ouça este artigo
00:00
03:37

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

Era de esperar que os resultados das últimas eleições, pelo que elas mostram de crescimento e reconfiguração da direita, fizessem ressurgir no espaço público o que de mais reacionário existe na sociedade portuguesa. A recente mudança no logótipo do Governo português, com a reintrodução da esfera armilar, das quinas e castelos – símbolos de uma identidade nacional que se quer que continue a ser construída contra o islão e a partir da glorificação da expansão colonial – é disso exemplo, assim como o recente livro Identidade e Família e a apresentação do mesmo por Passos. Figuras de peso da direita conservadora servem-nos um “rancho” de ideias regressivas que são um ataque às conquistas das mulheres e das pessoas LGBTQIA+, como é o caso, entre outras: da lei da paridade entre homens e mulheres; legalização da interrupção voluntária da gravidez; casamento entre pessoas do mesmo sexo; adoção por casais do mesmo sexo; direito à autodeterminação da identidade de género; introdução da Educação para a Igualdade de Género no currículo de Cidadania e Desenvolvimento.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.