Pedro Passos Coelho, a ascensão e queda de um liberal
Ao deixar de ser um liberal reformista para se transformar num reflexo da direita videirinha e arcaica, fez uma viragem radical.
Pedro Passos Coelho é o homem da direita que a esquerda adora detestar. O rosto da troika e dos que queriam ir além da sua cura punitiva aos portugueses ameaçados pela bancarrota. O “mal” encarnado. Durante a sua governação, ou nos três ou quatro que se lhe seguiram, foi alvo de um desprezo sustentado pela incompreensão, o dogmatismo ou pela inveja. A esquerda, incluindo o PS, nunca quis reconhecer que o programa de ajustamento imposto pelos credores internacionais não resultava de uma opção, mas de uma imposição que um país à beira do precipício não tinha condições de contestar. Três anos depois, o país estava abalado, mas ganhara a batalha e conseguia uma saída limpa sob a sua batuta. Mas, hoje, onde está esse Pedro Passos Coelho? Onde está a sua voz reformista, o seu apego às liberdades individuais? Não está. Passos transformou-se num prócere do arcaísmo da direita radical.
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