Estamos a viver a “normalização” da extrema-direita

Uma vitória de Trump seria uma bênção para as forças populistas e nacionalistas europeias.

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1. Um vento novo varre o Velho Continente, favorável aos partidos de direita radical e extrema, escreve o jornalista francês Charles Sapin num livro publicado recentemente — Les moissons de la colère. Sapin percorreu a Europa para tentar compreender as razões profundas desta transformação. Continuando a ler as sínteses de apresentação do livro, publicadas nos jornais franceses, o autor refere que “na Suécia, antigo paraíso social-democrata, na Finlândia, templo da moderação política, na Itália, país fundador da União Europeia, incluindo os até agora muito liberais Países Baixos, as forças populistas e nacionalista governam.” Em quase todos os países europeus, “conhecem uma ascensão fulgurante.” “De Portugal, onde o Chega multiplicou os seus resultados nas urnas, à Áustria, onde o FPO está à frente nas sondagens para as europeias, sem esquecer a Alemanha, onde a AfD já é a segunda força política do país.” Sapin trabalhou no diário Le Figaro e na revista semanal Le Point. Aprendeu, em França, a analisar estes movimentos políticos com a Frente Nacional, agora União Nacional de Marine Le Pen.

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