Carlos Abreu Amorim, um ex-deputado de língua muito solta

Antigo vice-presidente da bancada social democrata qualificou recentemente a governação socialista como tendo sido miserável e Ventura como um “bully boy”.

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Miguel Manso
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Membro do Centro de Investigação em Justiça e Governação da Universidade do Minho, Carlos Abreu Amorim, de 60 anos, conhece bem os corredores de São Bento. Vai agora ser secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares.

Como vice-presidente da bancada parlamentar social-democrata, ganhou protagonismo pelo seu estilo aguerrido. Entrou quando Pedro Passos Coelho era primeiro-ministro, em 2011, e afastou-se das lides parlamentares sete anos depois de ter chegado a São Bento, em 2018, em choque com Rui Rio quando este assumiu a liderança do PSD. Tinha apoiado Santana Lopes na disputa para o cargo.

Pelo meio foi candidato à Câmara Municipal de Gaia, mas perdeu a corrida para o PS, não tendo assumido o lugar de vereador. Habituado a usar uma linguagem forte, foi criticado quando, na qualidade de adepto do Futebol Clube do Porto, resolveu apelidar em 2013 os benfiquistas de magrebinos. “Magrebinos: curvem-se perante a glória do grande dragão!”, escreveu na sua conta na rede social X, o antigo Twitter.

E embora ultimamente tenha estado mais apagado, não perdeu de todo a sua verve. A propósito do recente episódio relacionado com a eleição do presidente do Parlamento, escreveu no Facebook que o “bully boy” André Ventura disse ter dado instruções ao seu grupo parlamentar para votar em Aguiar Branco. Já a governação socialista mereceu-lhe há dias num debate televisivo o epíteto de "miserável".

Depois de ter integrado a comissão de inquérito que investigou o fim do Grupo Espírito Santo e do BES, revelou que mudou a forma como via a economia: "Já não sou um liberal. O Estado tem de ter força".

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