Fundos e investidores estrangeiros fazem “revolução silenciosa” na agricultura

A atracção pelo “capital natural” chegou à agricultura portuguesa e mudou-lhe a face. Em Alqueva ou em Idanha, as sociedades ou fundos de investimento estão a mudar o sector de alto a baixo.

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Miguel Madeira
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No relatório de actividades de 2021, a Associação de Regantes e Beneficiários de Idanha-a-Nova registava com agrado o crescimento de mil hectares de área agrícola regada no ano anterior, que depois de anos de marasmo subira num ápice para 3650 hectares. A explicação para a façanha era fácil e óbvia: o “aumento das plantações de amendoeiras, que continuam em expansão no perímetro de rega”, lia-se no relatório. Na origem dessas plantações estão três fundos de capitais internacionais: a Awa (Agro Water Almonds), que em 2021 anunciou um investimento de dez milhões de euros na região, a Veracruz e a Duck River. Só as duas últimas cultivam quase três mil hectares de amendoal nas zonas irrigadas de Idanha e da Cova da Beira.

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