Dona da Fórmula 1 compra MotoGP e Superbikes

Detentora dos direitos comerciais da Fórmula 1 acredita que “este é o próximo passo perfeito para a evolução do MotoGP”. Empresas esperam que o negócio esteja concluído até ao final do ano.

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A Dorna, empresa que gere o MotoGP, vai manter-se independente Reuters/Rodrigo Antunes
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A Liberty Media, detentora dos direitos comerciais da Fórmula 1, adquiriu 86% do capital da Dorna, empresa promotora dos campeonatos do mundo de velocidade, entres eles o MotoGP, e Superbikes, foi anunciado esta segunda-feira.

Em comunicado, a empresa espanhola Dorna, detentora dos direitos comerciais e televisivos dos campeonatos de MotoGP [onde milita o português Miguel Oliveira], Moto2, Moto3 e MotoE, Superbikes e Campeonato do Mundo Feminino, explica que mantém cerca de 14% do capital da empresa, avaliada em 4,2 mil milhões de euros, que "continuará sediada em Madrid" e com Carmelo Ezpeleta como director executivo, como tem acontecido desde 1994.

"Estamos satisfeitos por expandir o nosso leque de desportos e entretenimento com a aquisição do MotoGP", disse Greg Maffei, presidente e diretor executivo da Liberty Media, citado pelo comunicado da Dorna.

O mesmo responsável frisou que "o MotoGP é um campeonato com uma base leal e entusiástica de adeptos, corridas cativantes e geradora de receitas".

"O Carmelo e a sua direcção construíram um grande espectáculo desportivo que poderemos expandir para uma audiência mais global. O negócio tem uma ampla margem de crescimento e tencionamos fazer crescer o MotoGP para os adeptos, equipas e parceiros comerciais", sublinhou ainda Greg Maffei.

A Dorna, que detém os direitos do Mundial de velocidade em motociclismo desde 1991, passará a integrar o portfólio da Liberty Media, mas manter-se-á como uma empresa a operar de forma independente.

"Este é o próximo passo perfeito para a evolução do MotoGP e estamos muito satisfeitos com o que isto traz para a Dorna, para o paddock de MotoGP e para os adeptos", frisou Carmelo Ezpeleta.

As duas empresas esperam que o negócio esteja concluído até final do ano de 2024.