Do “bom caminho” à “revolução”: ministros de Costa na hora da despedida

O ministro da Cultura assinala que o seu “maior privilégio” foi “testemunhar o entusiasmo da criação” cultural e a ministra da Habitação defende que o PS fez da habitação uma “prioridade nacional”.

Foto
O actual governo cessa oficialmente funções nesta terça-feira, data em que o novo governo toma posse Daniel Rocha
Ouça este artigo
00:00
03:12

Com a tomada de posse do novo governo marcada para esta terça-feira, os ministros cessantes estão a aproveitar as últimas horas para se despedirem e fazerem um balanço dos dois anos de mandato, assim como o ainda primeiro-ministro António Costa. Prestes a passar o testemunho aos novos ministros da AD, os governantes com as pastas dos Assuntos Parlamentares, da Cultura, da Habitação, da Defesa, do Ambiente e da Economia destacam o "orgulho" de terem feito parte do Governo e elogiam o "bom caminho" ou até a "revolução" feita nas suas áreas.

Já ao final da tarde desta segunda-feira, António Costa fez uma publicação na rede social X em que agradece aos portugueses os mais de oito anos passados como primeiro-ministro. "Obrigado", limita-se a escrever o primeiro-ministro cessante.

Numa curta publicação nas redes sociais, a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, deixou uma palavra de agradecimento logo na sexta-feira. Não só declarou que foi um "orgulho servir" o país, como desejou que "continuemos a construir uma sociedade mais inclusiva e solidária".

Já Pedro Adão e Silva, ministro da Cultura, publicou mesmo um comunicado em que sinalizou que o seu "maior privilégio” enquanto governante foi “testemunhar o entusiasmo da criação e contactar com as pessoas que dão corpo a um tecido cultural vibrante”. Assinalando que teve “dois grandes objectivos" durante o mandato, "dar maior previsibilidade e consistência ao sector e democratizar o acesso e a participação na vida cultural”, o ministro cessante conclui que não ficou tudo feito, mas que o Governo fez "um bom caminho”.

E dá como exemplos a reorganização da gestão dos museus e do património cultural ou a “consolidação dos concursos”, a par daquele que considera ter sido o "instrumento decisivo": o "reforço da dotação financeira". "Para mim, esta experiência foi uma honra. Sinto-me, por isso, imensamente grato”, remata.

Já a ministra da Habitação optou por fazer um vídeo de despedida, em que defende que os socialistas fizeram da habitação uma "prioridade nacional" e puseram em marcha uma “revolução na forma como vemos a habitação pública”. "A habitação pública responde hoje a todos, às famílias de menores rendimentos, mas também à classe média e aos mais jovens", declara Marina Gonçalves, que destaca também medidas como a reabilitação de imóveis, a criação de "novos projectos habitacionais" ou o reforço dos apoios ao arrendamento.

Por sua vez, Helena Carreiras, ministra da Defesa Nacional, realizou uma cerimónia militar de despedida esta manhã no Forte do Bom Sucesso, em Lisboa. Citada pela Lusa, a ministra, que passará o testemunho ao futuro ministro Nuno Melo, disse esperar que as "ideias retrógradas e a intolerância de alguns" não impeçam as Forças Armadas de contar "com o talento e a competência de todos", sublinhando o orgulho de ter sido a primeira mulher a desempenhar o cargo de ministra da Defesa.

Numa publicação nas redes sociais, Duarte Cordeiro também fala em "honra" e "privilégio" por ter servido funções como ministro do Ambiente e da Acção Climática, agradecendo particularmente a "confiança" depositada pelo primeiro-ministro cessante, António Costa. Quanto ao futuro, defende que "o caminho que prosseguimos tem de continuar" para se fazer face ao "enorme desafio" das alterações climáticas.

António Costa Silva, ministro cessante da Economia e do Mar, assinou, na passada sexta-feira, um artigo de opinião no Expresso em que destaca a "honra" por ter servido o país e agradece a oportunidade que lhe foi dada. Costa Silva faz depois um balanço dos dois anos passados neste ministério, admitindo ter havido "assuntos" que não conseguiu resolver, mas frisando que "em tudo o que dependia da área da Economia e do Mar avançámos".

Notícia actualizada com as despedidas de Duarte Cordeiro e de António Costa

Sugerir correcção
Ler 15 comentários