Dalila Rodrigues é a nova ministra da Cultura

Até agora directora do Mosteiro dos Jerónimos, a historiadora de arte já tinha dirigido o Museu Grão Vasco e o Museu Nacional de Arte Antiga.

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Dalila Rodrigues, actual ministra da Cultura Nuno Ferreira Santos
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A nova ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, era desde Maio de 2019 a directora do Mosteiro dos Jerónimos e da Torre de Belém.

Doutorada em História da Arte pela Universidade de Coimbra, ganhou notoriedade pública enquanto directora do Museu Grão Vasco, cargo que exerceu entre 2001-2004, e que deixou para dirigir o Museu Nacional de Arte Antiga (2004-2007), para o qual foi nomeada pela ministra da Cultura do efémero Governo de Pedro Santana Lopes, Maria João Bustorff.

O Ministério da Cultura liderado por Isabel Pires de Lima optou por não a reconduzir no cargo, uma decisão que gerou controvérsia e que a própria Dalila Rodrigues, agora com 63 anos, então considerou “ideológica”, atribuindo-a ao facto de ter discordado publicamente do modelo de gestão que a ministra de José Sócrates impusera aos museus.

Fez depois uma breve passagem pela Casa da Música, onde dirigiu o departamento de Comunicação e Marketing, e em 2008 foi convidada por Paula Rego para dirigir a Casa das Histórias, em Cascais, mas pouco depois seria afastada do projecto, mais uma vez sem grandes explicações. A Câmara de Cascais tê-la-á apenas informado de que a sua indigitação não fora aprovada pela administração da Fundação Paula Rego.

Entre 2012 e 2015 foi vogal do Conselho de Administração da Fundação Centro Cultural de Belém (CCB) e, nessa condição, da Fundação de Arte Moderna e Contemporânea – Museu Colecção Berardo. Abandonou o lugar em Janeiro de 2015, no primeiro Governo de Passos Coelho, quando Jorge Barreto Xavier era secretário de Estado da Cultura. A acreditar na explicação que este então deu para a sua saída, terá sido por uma vez a própria Dalila Rodrigues a pedir para deixar o cargo, “por vontade de regressar à carreira académica”.

Professora coordenadora da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viseu e professora catedrática convidada do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, é ainda autora de diversos livros e artigos científicos nas áreas de História da Arte, Património e Museologia.

Se o seu dinamismo é reconhecido, a sua também proverbial frontalidade foi-lhe causando alguns dissabores, e resta saber como essas características irão agora funcionar no topo da hierarquia.

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