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DGArtes financia 19 projectos de espaços da rede de arte contemporânea com dois milhões

Primeiro programa da rede vai contemplar 41 entidades de todo o território nacional. Concurso entra agora na fase de audiência de interessados.

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Exposicao Jaime: vi uma cadela minha com lobos, apresentada no Centro de Arte Oliva, em São João da Madeira, em 2021 NELSON GARRIDO
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O primeiro programa de apoio da Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC), com uma dotação de dois milhões de euros, vai financiar 19 projectos, que envolvem 41 entidades, de todo o território nacional, anunciou a DGArtes, esta terça-feira.

Os resultados provisórios foram comunicados às entidades, de acordo com a Direcção-Geral das Artes (DGArtes). O concurso, dirigido às entidades e equipamentos integrados na rede, entra agora na fase de audiência de interessados.

No primeiro concurso de apoio, que "pretende proporcionar um acesso mais amplo às artes, estabelecendo uma relação de proximidade que contribua para a vitalidade cultural do país", serão apoiados 19 projectos, "compreendendo um total de 63 parcerias que envolvem 41 entidades", diz a DGArtes em comunicado. Os projectos apoiados "serão desenvolvidos por todo o território (continente e regiões autónomas), promovendo a descentralização territorial e garantindo uma acção sustentada e próxima das comunidades".

A RPAC integra 58 entidades que dinamizam 66 espaços de fruição e criação artística, em 36 concelhos portugueses do continente e ilhas. Dos 66 espaços, seis são no Alentejo, três no Algarve, 16 na Área Metropolitana de Lisboa, 14 na Região Centro, 24 no Norte (14 deles na Área Metropolitana do Porto), dois na Região Autónoma da Madeira e um na Região Autónoma dos Açores.

O diploma do Governo que criou a Rede Portuguesa de Arte Contemporânea, publicado em 11 de Maio de 2021 em Diário da República, define-a como uma plataforma de dinamização que irá promover a interacção de 120 instituições dispersas pelo país, já identificadas.

Este projecto em rede foi iniciado com a instalação do Centro de Arte Contemporânea de Coimbra, a partir do conjunto das obras pertencentes à colecção do ex-Banco Português de Negócios (BPN), na mesma altura em que o Governo desencadeou um mapeamento dos espaços vocacionados para a arte contemporânea no território nacional.

A primeira fase de adesão à RPAC decorreu entre 15 de Setembro e 18 de Novembro de 2022. Entretanto, em Janeiro, o processo de credenciação foi reaberto "em regime de permanência, sem interrupções, para as demais entidades que queiram submeter futuramente os seus pedidos".

Entre os equipamentos já credenciados na RPAC estão a Appleton, a Galeria Zé dos Bois, o Museu Arpad Szenes Vieira da Silva, o Museu Nacional de Arte Contemporânea/ Museu do Chiado e a Culturgest, em Lisboa; o Museu de Arte Contemporânea da Madeira, na Calheta; a Casa do Design de Matosinhos; a Fundação de Serralves e a Casa São Roque, no Porto; o Centro de Arte Oliva, em São João da Madeira; o gnration, em Braga; o Museu Jorge Vieira – Casa das Artes, em Beja; o Museu de Arte Contemporânea de Elvas; o LAC, em Lagos; o Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, na Ribeira Grande, na Ilha de São Miguel, Açores; o Antigo Matadouro de Évora; e a Solar – Galeria de Arte Cinemática, de Vila do Conde.