Escavações da Linha Circular trazem à luz do dia velhos pedaços da história naval de Lisboa

As escavações revelaram, entre outras coisas, uma rampa de acesso a estaleiro naval de barcos de grandes dimensões. Elas ajudam a dar uma “amplitude maior” sobre parte da história da capital.

RG Rui Gaudêncio - 7 Março 2024 - Novos achados arqueológicos nas obras da Linha Circular do Metropolitano de Lisboa. Lisboa. Público
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Restos do fundeadouro e âncora encontrados no local das escavações feitas pelas obras do metro Rui Gaudêncio
RG Rui Gaudêncio - 7 Março 2024 - Novos achados arqueológicos nas obras da Linha Circular do Metropolitano de Lisboa. Lisboa. Público
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Vestígios de peças de madeira utilizadas nas estruturas do cais naval, muitas delas recicladas à época a partir de despojos de embarcações Rui Gaudêncio
RG Rui Gaudêncio - 7 Março 2024 - Novos achados arqueológicos nas obras da Linha Circular do Metropolitano de Lisboa. Lisboa. Público
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As balas de canhão de séculos passados constituem um achado relativamente frequente nestas campanhas arqueológicas Rui Gaudêncio
RG Rui Gaudêncio - 7 Março 2024 - Novos achados arqueológicos nas obras da Linha Circular do Metropolitano de Lisboa. Lisboa. Público
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Local onde decorre a construção da Linha Circular entre Santos e Cais do Sodré e onde ocorreram as descobertas Rui Gaudêncio
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Nos últimos dias de Dezembro e nos primeiros de Janeiro passado, por entre a quase incessante laboração no estaleiro da construção da Linha Circular do metro de Lisboa, na zona de Santos, uma imagem começava a ganhar nitidez. Num canal com aproximadamente 80 metros de comprimento, escavado a pouco mais de dez metros de profundidade e identificado como “troço 1D” pelos responsáveis pelo acompanhamento arqueológico das obras, descobriam-se diversos elementos patrimoniais a comprovar a intensa actividade náutica na zona, noutros tempos. No caso, seriam das últimas décadas do século XVIII e iniciais do seguinte. Entre eles contava-se uma rampa de tabuado de acesso a um estaleiro de construção e reparação de barcos de grandes dimensões, instalado na praia outrora ali existente, antes de ter sido tapada pelo Aterro da Boavista, construído entre 1860 e 1867 e onde agora se localiza a Avenida 24 de Julho.

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