Guarda prisional agredido por recluso em Coimbra
Homem a cumprir pena por agressões e violência doméstica atacou a soco um guarda prisional em Coimbra. O agente está internado e o homem está em isolamento. É o 11.º caso desde o início do ano.
Um guarda prisional da prisão de Coimbra foi nesta segunda-feira, 18 de Março, agredido com socos na cabeça por um recluso descrito como violento, estando o guarda internado no hospital da cidade a aguardar exames, adiantou à Lusa fonte sindical.
Segundo o dirigente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), Frederico Morais, o guarda foi agredido na cabeça com socos, estando internado no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, para realização de exames médicos. O dirigente sindical revelou ainda que o recluso que agrediu o guarda foi já colocado "em isolamento".
A Lusa contactou a Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) sobre o incidente e aguarda resposta.
Outra fonte prisional ouvida pela Lusa relatou que o guarda prisional apresentava várias escoriações e marcas na cara resultantes das agressões, que terão acontecido cerca das 15h.
O agressor tem 35 anos e encontra-se a cumprir pena por crimes de ofensa à integridade física, violência doméstica, entre outros, e é descrito como violento, tendo Frederico Morais referido que já por uma vez foi transferido para o estabelecimento prisional de Monsanto, de alta segurança, após agressões também a guardas prisionais.
Segundo Frederico Morais, os golpes não visavam especificamente o guarda agredido, uma vez que naquele momento "podia ter sido agredido aquele ou outro", sendo apenas o que se encontrava no posto quando o recluso teve o comportamento violento.
A fonte prisional ouvida pela Lusa adiantou que já durante a manhã o mesmo recluso tinha estado envolvido "numa escaramuça com um outro companheiro seu".
Para o dirigente sindical, este caso é o último de 11 registados desde Janeiro deste ano e mais um a acentuar a "falta de segurança nas prisões", sobretudo no que diz respeito a "agressões de forma gratuita" a guardas prisionais, pelo que o sindicato exige que "sejam tomadas medidas mais gravosas, ou seja, a alteração do Código Processo Penal", para proteger os guardas prisionais, que "representam o Estado português".
Frederico Morais disse ainda que se nada for feito a situação pode tornar-se "mais grave".