Toyota C-HR estreia variante híbrida de ligar à corrente
O mais europeu modelo da Toyota chega com uma solução mecânica capaz de conquistar clientes entre empresas, graças aos benefícios fiscais em que os PHEV se inserem.
Depois do lançamento, no último trimestre do ano passado, da segunda geração do C-HR servida com mecânica híbrida, como de resto já se conhecia da primeira vida do modelo, chega agora a variante plug-in, indo ao encontro da política defendida pela Toyota de que o futuro não está numa única solução energética, ainda que, para a Europa, o objectivo seja (legislação assim a obriga…) uma gama sem emissões em 2035; antes, já no próximo ano, a marca conta ter uma gama 84% electrificada e, em 2030, ter 58% dos seus automóveis sem emissões.
O C-HR PHEV, pudemos comprovar, é capaz de aliar autonomia 100% eléctrica para mais de 60 quilómetros (o valor homologado é de 66 e, num percurso controlado, cumprimos quase 70), sendo que, depois de finda a bateria, continua a ser um agente de poupança, tanto de combustível como de emissões, pondo em acção o sistema híbrido de quinta geração. A mecânica que se estreia agora vem garantir ao C-HR um lugar entre as opções das empresas, já que, com a variante híbrida de ligar à corrente, é um candidato a benefícios fiscais.
Tal como o irmão 1.8 HEV 140, este C-HR é o mais europeu de todos os Toyota: não só tem comercialização exclusiva no Velho Continente (por enquanto: a médio prazo poderá ainda chegar ao mercado australiano), como foi “feito na Europa para a Europa”. A opção não é de estranhar: é que, tendo sido bem-sucedido um pouco por toda a parte, foi por cá que reuniu mais preferências, onde a primeira geração convenceu mais de 800 mil clientes. E os objectivos não são modestos, com a marca nipónica a almejar mais vendas com esta segunda geração, perspectivando 140 mil unidades por ano, reflectindo o crescimento da oferta com o plug-in.
O seu grupo motopropulsor do híbrido de ligar à corrente reúne um sistema eléctrico no eixo dianteiro, a debitar 163cv, um motor de 2,0 litros a gasolina a produzir 152cv e uma bateria de iões de lítio com capacidade de 13,6 kWh. Em conjunto, tem-se ao dispor uma potência combinada de 223cv, o que permite acelerações dos 0 aos 100 km/h em 7,4 segundos. E, assim como acelera mais rapidamente, também trava de forma mais eficaz, beneficiando de melhorias no sistema.
Mas não foi só a performance que esteve na mira da Toyota, que reclama o facto de o C-HR PHEV se apresentar como uma proposta eficiente. Em parte, isso deve-se ao sistema Predictive Efficient Drive, com a nova função de geofencing, que ajuda o condutor a manter-se um passo à frente do que a viagem lhe reserva. Ou seja, o sistema combina a análise das condições da estrada e do tráfego com a aprendizagem contínua dos percursos regulares e do estilo de condução do utilizador para optimizar a utilização do modo eléctrico. Também alterna automaticamente entre os modos híbrido e eléctrico se percepcionar a necessidade de reservar energia para uma zona de baixas emissões.
Em cidade, a poupança ainda é mais visível com o Regeneration Boost, que tem um comportamento muito semelhante ao sistema de um pedal e que pode ser configurada em três níveis: suave, média ou forte.
O C-HR chega com um carregador de bordo de 6,6 kW, capaz de repor energia total em duas horas e meia; numa tomada doméstica, o recarregamento faz-se em cerca de seis horas e meia. O modelo, que pode ser configurado nas versões Business, Square Collection, Lounge e GR Sport/Premiere Edition, começa a ser proposto nos 46.020 euros.