O Presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu conversaram esta segunda-feira pela primeira vez em mais de um mês, quando aumenta a divisão entre os aliados sobre a condução da guerra em Gaza.

A conversa aconteceu depois de a oposição republicana terem expressado indignação por o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, ter criticado duramente a forma como Netanyahu lidou com a guerra em Gaza, pedindo novas eleições em Israel.

Biden disse que o líder democrata tinha feito um “bom discurso” que reflectia as preocupações de muitos norte-americanos, sem subscrever directamente o apelo eleitoral de Schumer.

A Casa Branca tem sido céptica em relação ao plano de Netanyahu de realizar uma operação militar na cidade de Rafah, no Sul do enclave de Gaza, para onde fugiram mais de um milhão de palestinianos deslocados, quando Israel continua o esforço de guerra para eliminar o movimento islamista Hamas.

A conversa entre Biden e Netanyahu também ocorreu no dia em que a agência alimentar das Nações Unidas emitiu novos avisos sobre a catástrofe humanitária em Gaza.

O Programa Alimentar Mundial avisou que “a fome é iminente” no Norte de Gaza, onde 70% da restante população sofre de carências alimentares catastróficas, e que uma nova escalada da guerra poderá levar cerca de metade da população de Gaza à beira da fome.

No domingo, Netanyahu atacou as posições críticas norte-americanas, descrevendo os apelos para uma nova eleição como “totalmente inapropriados”.

“Não somos uma República das Bananas. (…) O povo de Israel escolherá quando deve haver eleições e quem elegerá”, disse o chefe de Governo israelita.