Sporting saiu de Arouca mais cansado e mais líder

“Leões” triunfam por 0-3 num jogo mais difícil do que o resultado sugere. Gyökeres voltou a brilhar, com um golo e uma assistência.

Foto
Gyökeres marcou um dos golos do triunfo do Sporting em Arouca EPA/MANUEL FERNANDO ARAUJO
Ouça este artigo
00:00
03:26

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

Mais cansado e ainda líder. Foi assim que o Sporting saiu neste domingo de eleições e de óscares de Arouca, com um triunfo por 0-3, na 25.ª jornada da I Liga. Golos de Gyökeres, Catamo e Hjulmand deram expressão ao triunfo dos "leões", que chegaram aos 62 pontos e reforçaram a liderança, ainda com um jogo em atraso. Quanto aos arouquenses, continuam a navegar em águas tranquilas, com 34 pontos e em 7.º lugar.

A viagem a Arouca era um perigo para o Sporting por várias razões. Primeiro, era contra uma equipa a fazer um belo campeonato, com um plano de jogo que nunca é apenas defensivo contra os “grandes” – o FC Porto, derrotado no mesmo terreno, que o diga. Depois, era o próprio terreno, um “batatal” à antiga castigado pela chuva, e isto não seria bom para as pernas cansadas dos “leões”, massacrados com jogo de tudo ou nada de três em três dias. Este, como os anteriores e como os que virão a seguir, era um desses.

Na obrigatória gestão de recursos, Amorim construiu um “onze” mais normal, menos alternativo do que tinha sido frente à Atalanta. Já Daniel Sousa, com quase todos disponíveis, confiava no seu excelente trio espanhol do ataque, Jason, Cristo e Mujica, mais o experiente David Simão a controlar os tempos e o irrequieto Sylla a aparecer sempre em zonas adiantadas. Como iria um Sporting assumidamente cansado enfrentar uma equipa mais fresca e sobretudo mais habituada a jogar numa relva com buracos?

Mais do que qualquer outra coisa, os “leões” tentaram o que tem resultado melhor esta época, deixar Gyökeres correr e meter-lhe a bola à frente. Depois de algumas tentativas falhadas, o Sporting fez uma coisa diferente e chegou ao golo aos 19’. Desta vez, foi o sueco a fazer a distribuição para depois ir buscar mais à frente. A bola passou por Trincão e, depois, por Matheus Reis, que a encaminhou para a pequena área, onde estava o inevitável Gyökeres para o seu inevitável golo – o 33-º da época.

Nove minutos depois, o sueco esteve perto de bisar, servido por Pedro Gonçalves, mas o excelente Arruabarena desviou o remate. Os “leões” tentaram descansar um pouco e o Arouca aproveitou para se lançar em busca do empate. Trabalhou para isso e esteve bem perto em três ocasiões, aos 31’, num cruzamento de Jason a que Mujica, com Quaresma nas costas, não conseguiu responder, aos 34’, num remate de Sylla que Israel desviou, e aos 44’, de novo com um remate do guineense que passou ao lado. A vontade do Arouca no jogo estava bem expressa nos números da posse de bola na primeira parte, 63%/37% a favor da equipa da casa.

Os “leões” bem tentaram dar outra segurança à sua vantagem e, aos 49’, estiveram perto do 0-2. Morita lançou a corrida de Gyökeres e o sueco respondeu bem, mas voltou a perder o duelo com o uruguaio que estava na baliza do Arouca. Os homens da casa bem tentaram anular a desvantagem, mas não voltaram a estar perto do golo e foi o Sporting que voltou a marcar.

Já em tempo de compensação, um contra-ataque do Sporting acabou com Geny Catamo a receber em zonas adiantadas. O moçambicano tirou do caminho quem tinha de tirar, deixou a bola à mercê do pé esquerdo e atirou a contar, reduzindo o factor-surpresa deste jogo a zero. E Hjulmand, a passe de Gyökeres, elevou a tranquilidade "leonina" aos 100%, com um golo fácil na última jogada do jogo. O Sporting ficou mesmo com os pontos todos.

Sugerir correcção
Ler 3 comentários