AD apresenta queixa à CNE após “inúmeros relatos” de confusão com ADN

Porta-voz da CNE diz que estes são casos “muito pontuais”, reiterando que eleições decorrem dentro da normalidade. ADN apresenta queixa à comissão contra a AD.

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AD enviou pedido à CNE Nelson Garrido
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AD ou ADN? A designação é quase idêntica – só muda uma letra – e, de acordo com a Aliança Democrática (AD), coligação liderada por Luís Montenegro, há registo de "inúmeros relatos" de eleitores que pediram a repetição de voto após reconhecerem confundir as duas forças políticas. Em comunicado enviado às redacções este domingo, a AD pede à Comissão Nacional de Eleições (CNE) um esclarecimento sobre as diferenças no boletim de voto.

“A Aliança Democrática, face aos inúmeros relatos que têm chegado à Direcção de Campanha Nacional de pedidos de repetição do voto e aos cartazes que estão a circular nas redes sociais, apela à CNE que dirija uma mensagem ao país não de apelo ao voto, em nenhuma força partidária (claro está), mas de apelo ao voto esclarecido devido à semelhança de nomes parecidos nos boletins de voto", pode ler-se no comunicado.

O PÚBLICO recebeu também queixas de eleitores que confundiram as duas forças, pedindo atenção para esta questão.

Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da CNE, Fernando Anastácio, diz que estes casos são "muito pontuais", alegando que não existiu ainda uma aferição de muitos destes incidentes. É possível a repetição do voto em caso de engano, desde que o eleitor não tenha colocado o primeiro voto dentro da urna. Se tal acontecer, o voto é considerado nulo no momento da contagem e não pode ser repetido.

A CNE adiantou, poucos minutos antes de ser enviado este comunicado da AD, que o acto eleitoral estava a decorrer com normalidade, registando-se uma participação superior até às 12h do que nas legislativas de 2022.

ADN faz queixa

Por sua vez, o partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) apresentou este domingo uma queixa à Comissão Nacional de Eleições (CNE) contra a AD, criticando a publicidade através dos meios de comunicação "com a desculpa" de enganos entre as duas forças políticas.

"A campanha eleitoral serviu para clarificar essas situações, pelo que usar este subterfúgio ridículo apenas para tentar cativar eleitores a irem votar na AD e denegrir o ADN é inaceitável", afirmou o partido ADN, em comunicado, acusando a AD de interferência eleitoral.

Neste âmbito, o ADN enviou uma queixa à CNE "devido à publicidade que está a ser feita no voto na AD, através dos meios de comunicação, com a desculpa de que estão a existir enganos entre ADN e AD".

Maior afluência do que em 2022

Os dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI) indicam a votação de 25,21% dos mais de 10,8 milhões de eleitores inscritos até às 12h, o que representa uma percentagem de participação superior à das últimas legislativas, realizadas a 30 de Janeiro de 2022. Nesse acto eleitoral, a afluência média às urnas à mesma hora fixava-se nos 23,27%.

Os líderes das forças com assento parlamentar na anterior legislatura votaram da parte da manhã. O apelo ao voto foi geral, com todos os responsáveis partidários a expressarem o desejo de ver uma redução na alta taxa de abstenção dos actos eleitorais anteriores.

Da tranquilidade (Luís Montenegro) ao entusiasmo (Pedro Nuno Santos), os candidatos ao cargo de primeiro-ministro tiveram atenção às palavras, cientes de que não são permitidos apelos ao voto ou tentativas de influência dos eleitores.

As urnas estão abertas das 8h às 19h em Portugal continental. Nos Açores, o horário é exactamente o mesmo, respeitando-se a diferença de uma hora face ao horário de Lisboa. Às 20h de Portugal continental, momento em que encerram as urnas no arquipélago, vão ser divulgadas as primeiras projecções de resultados eleitorais. Com Lusa

Notícia actualizada às 15h10: acrescentada queixa do ADN

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