PJ detém membro da Camorra procurado há mais de 20 anos

Homem pertence à Camorra, conhecida máfia napolitana. Suspeito estava na zona Norte do país e tinha mandado de detenção europeu pendente.

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Suspeito pertence á Camorra, máfia napolitana Daniel Rocha/Arquivo
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A Polícia Judiciária (PJ) deteve, na zona Norte do país, um homem de 69 anos que estava foragido há mais de duas décadas. O suspeito pertence à Camorra, máfia napolitana, e tinha sido alvo de um mandado de detenção europeu. A informação sobre a detenção do suspeito foi avançada pela PJ na manhã deste sábado, 9 de Março.

O suspeito foi condenado a uma pena de prisão de 15 anos em Itália, pela prática do crime de tráfico de estupefacientes. Não chegaria a cumprir pena de prisão, conseguindo sair do país sem que fosse detectado pelas autoridades italianas. Depois de duas décadas foragido, o membro da Camorra foi localizado pela PJ em Portugal continental e detido.

O suposto mafioso será conduzido ao Tribunal da Relação do Porto para interrogatório judicial, conhecendo depois as medidas de coacção definidas. Aguarda agora o processo de extradição.

A máfia napolitana, conhecida por Camorra, é uma rede criminosa com influência profunda na sociedade desta região italiana. Reis e senhores do tráfico de droga na comuna com três milhões de habitantes, esta organização depende também dos esquemas de extorsão aos negociantes e pequenas empresas de comércio local, cobrando um "dízimo" em troca de protecção.

PJ foi à Colômbia buscar narcotraficante

Esta detenção surge na mesma semana em que agentes da PJ se deslocaram até à Colômbia a fim de cumprir um mandado de extradição de um importante narcotraficante. Conhecido pela alcunha El Doctor, o foragido tinha sido condenado a 11 anos de prisão na sequência de uma condenação pelo crime agravado de tráfico de estupefacientes.

A 31 de Julho de 2012, o homem foi visado numa operação da PJ na Costa da Caparica que culminou na detenção de cinco suspeitos e levou à apreensão de mais de 340 quilos de cocaína com elevado grau de pureza.

No decurso do processo e antes de a condenação em primeira instância ter transitado em julgado, os prazos de prisão preventiva foram esgotados e o suspeito acabaria por ser libertado. À altura dos factos, o recurso interposto pela defesa encontrava-se pendente no Tribunal da Relação de Lisboa, com o suspeito a ausentar-se para parte incerta.

As autoridades norte-americanas emitiram um mandado de detenção internacional por crimes praticados nos Estados Unidos.

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