A 23.ª Monstra faz-se com muitas curtas, muito Portugal e muita Irlanda

Desta quinta-feira e até 17 de Março, entre o Cinema São Jorge e outros espaços lisboetas, a Monstra passa quase 400 filmes, mais de duas dezenas dos quais produções nacionais.

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A curta Cúilín Dualach, de Nora Twomey, passa na sessão de abertura da Monstra DR
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Foi no ano 2000 que começou a Monstra, o festival dedicado ao cinema de animação. Chega agora à 23.ª edição, entre curtas (o grosso da programação), longas, episódios de televisão, masterclasses e painéis. Tudo arranca esta quinta-feira, no Cinema São Jorge, em Lisboa, e estende-se até 17 de Março. Passa também pela Cinemateca Portuguesa, o Cinema City Alvalade e o Cinema Fernando Lopes. São quase 400 filmes, mais de duas dezenas dos quais de produção portuguesa. A Irlanda é o país convidado.

Esta quinta-feira, na sessão de abertura, às 21h30 – as sessões da manhã e tarde são apenas para escolas há sete curtas a serem mostradas na tela do São Jorge. No campo nacional, há duas estreias mundiais: A Menina com os Olhos Ocupados, de André Carrilho, baseada no livro do próprio, e Saudades... Talvez, de José-Manuel Barata Xavier. Mas podemos ver também o resultado de dois projectos de jovens e alunos, Esta é a Nossa História e A Revolução. Da Irlanda vêm Os Insectos, de Jimmy T. Murakami, de 1964, Cúilín Dualach, de Nora Twomey, de 2004, e Há um Monstro na minha Cozinha, de Tomm Moore e Fabian Erlinghäuser, de 2020. Também nesta quinta-feira, à mesma hora, mas em Alvalade, vê-se o filme alemão Gigantes de la Mancha, de Gonzalo Gutierrez.

Tomm Moore, co-realizador de uma das curtas irlandesas da abertura, dá uma masterclass na sexta-feira de manhã, e vários dos seus filmes poderão ser vistos, como Wolfwalkers, de 2020, co-assinado com Ross Stewart, no São Jorge, nesse mesmo dia, A Canção do Mar, de Moore, na Cinemateca, no sábado, e Brendan e o Mundo Secreto de Kells, em dupla com Nora Twomey, também no São Jorge, no domingo. Outros convidados, ao longo dos dias, incluem Fernando Trueba e Javier Mariscal, cujo Mataram o Pianista, co-produção portuguesa, passa na segunda-feira, Alê Abreu, Maura McDonnell, Maria Constanza Ferreira, Georges Schwizgebel, Georges Schwizgebel ou Bill Kinder.

No sábado, o festival passa pelo Museu de Etnologia e o Auditório Municipal António da Silva. Em Alvalade, ver-se-á o clássico Em Busca do Vale Encantado, do americano Don Bluth, que se fixou e criou um estúdio na Irlanda – o seu Todos os Cães Merecem o Céu passa no dia a seguir. Há também, no São Jorge, curtas diversas, a estreia de um episódio da série da RTP2 O Diário de Alice, de Diogo Viegas, filmes irlandeses e ainda curtas orientadas sob a relação entre a animação e a arquitectura, com a estreia de Eduardo, Walter e Leonidov, de Miguel Pires de Matos. O domingo tem, por exemplo, a celebração dos 20 anos de Frank and Wendy, animação da Estónia de Priit Tender e outros, sendo que na segunda, na Cinemateca, se assinala o mais de meio século de As Mil e uma Noites do japonês Eiichi Yamamoto.

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