Carreira e família. Teletrabalho pode pôr em causa avanços na igualdade de género
O teletrabalho não está a trazer um maior equilíbrio na divisão das tarefas domésticas. Há quem tema que regresso da mulher a casa agrave as desigualdades. Mas muitas defendem o modelo.
Há um antes e um depois da pandemia para Daniela Lista, 36 anos, assistente num call center. Em 2021, quando o país entrou num novo confinamento e as escolas fecharam, passou um mau bocado. Em teletrabalho “forçado”, com os dois filhos pequenos em casa e o companheiro a trabalhar fora, vivia num permanente estado de stress: não conseguia dar resposta às dezenas de chamadas que lhe caíam no telefone, nem a atenção devida às crianças. Passados três anos, continua em teletrabalho, agora por escolha própria e porque lhe permite ter maior disponibilidade para acompanhar Francisco, de seis anos, e Inês, de sete.
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