Disparidade salarial. Pequenas conquistas contra grandes injustiças no desporto

Em Portugal e no mundo, o desporto nem sempre teve lugar para as mulheres, e o caminho para a paridade, no acesso à prática desportiva e a salários, ainda está longe de chegar ao fim.

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A jogadora do Benfica, Jéssica Silva Miguel A. Lopes
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O desporto anda a duas velocidades. Sempre foi assim. Os primeiros Jogos Olímpicos da era moderna, em Atenas 1896, só tiveram homens. Pierre de Coubertin, primeiro presidente do Comité Olímpico Internacional (COI) e o responsável por resgatar os jogos das suas origens na antiguidade, dizia que mulheres nos Jogos Olímpicos “não é prático, é desinteressante, inestético e incorrecto”. Quatro anos depois, houve uma presença limitada de mulheres nos Jogos de Paris, mas a paridade olímpica entre géneros tem sido uma sucessão de pequenas conquistas. E no futebol? Também é um processo de igualdade em curso, em que as pequenas conquistas tentam anular as grandes injustiças. Há Mundial de futebol masculino desde 1930. Um Mundial para as mulheres só passou a existir 61 anos depois.

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