Inquérito de Estimação: Associação ComRaça — Equipa de Resgate Animal

No Inquérito de Estimação, damos palco a associações e grupos de ajuda animal que o mundo deve conhecer. A ComRaça nasceu depois de dezenas de animais terem morrido nos incêndios na Serra da Agrela.

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A ComRaça resgata cães e gatos em Santo Tirso ComRaça
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Os animais ficam em famílias de acolhimento temporário até serem adoptados ComRaça
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Os tutores têm de assinar um termo de responsabilidade no momento da adopção ComRaça
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A associação ComRaça​ nasceu no Verão de 2020, pouco tempo depois de os incêndios florestais na Serra da Agrela, em Santo Tirso, terem provocado a morte de dezenas de animais que viviam em dois canis ilegais.

Nessa altura, Ana Pinto da Costa trabalhava com uma associação de protecção animal que, segundo diz, "não permitiu a retirada" dos cães e gatos que albergava do fogo. A inacção fê-la criar um novo abrigo.

“Perdi a total confiança para voltar a dedicar o meu tempo livre a outros abrigos e decidi criar o meu próprio projecto”, adianta em resposta ao Inquérito de Estimação.

A Ana Pinto da Costa juntou-se Liliana Pereira, a co-fundadora da ComRaça, e uma vasta rede de voluntários que se dedicam diariamente a resgatar animais vítimas de maus-tratos e negligência por parte dos anteriores tutores.

Como a associação não tem espaço físico, os animais ficam ao cuidado de famílias de acolhimento temporário ou em hotéis para cães e gatos até poderem ser adoptados. O processo só é finalizado depois de os futuros donos preencherem um formulário de adopção, de algumas visitas presenciais e apenas avança se o animal se relacionar com a pessoa.

“A adopção é feita numa das nossas clínicas veterinárias parceira da ComRaça através da colocação de microchip e da assinatura do termo de responsabilidade do animal”, acrescenta Liliana Pereira.

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A ComRaça foi criada durante os incêndios na Serra da Agrela ComRaça

Uma medida prioritária pelos direitos dos animais

A implementação do programa CED (captura, esterilização e devolução) junto dos cães errantes e mais apoios a particulares, que apesar de não serem associações legalmente constituídas, fazem um trabalho louvável.

Um caso marcante

Apesar de todos terem espaço no nosso coração, há alguns que se destacam pela resiliência e vontade de viver. Temos muitos casos de animais cujo destino já estava traçado para a morte e que salvamos desse desfecho. É impossível mencionar apenas um animal.

Acreditamos que todos merecem o nosso esforço. Temos histórias incríveis de animais paraplégicos que hoje, após longos períodos de fisioterapia, andam e vivem felizes com as famílias que os adoptaram, outros cujos tutores iam eutanasiar e nós conseguimos evitá-lo e fazer com que fossem felizes por mais tempo e com melhor qualidade de vida..

Um conselho para quem quer adoptar um animal

Para além dos óbvios: noção de responsabilidade, disponibilidade a nível de tempo e disponibilidade financeira, queremos que as pessoas tenham noção que adoptar um animal deve ser um compromisso para a vida.

Um projecto que tem de ser conhecido

O projecto Pata na Poça, dos treinadores de cães César Magalhães e Patrícia Babo, que aceitam casos que tantos outros consideram impossíveis e irreversíveis. Eles conseguem reabilitar os animais de forma a serem equilibrados e mentalmente saudáveis.

É cada vez mais importante entendermos o que esta por detrás da agressividade de um animal. Há milhares de animais eutanasiados por ano sem terem uma segunda oportunidade.

Uma pessoa anónima que vale a pena conhecer

Temos algumas pessoas que são fundamentais na nossa missão. Uma delas é o Bruno Ferreira que nos ajuda sempre que precisamos de resgatar um animal. O Bruno tem um coração de ouro e dedica também grande parte da sua vida a cuidar dos animais de ninguém.

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