Ao brincar com os filhos junto ao parque infantil do Jardim da Cerca da Graça, localizado entre os bairros lisboetas da Graça e da Mouraria, Miguel Marques confrontou-se com o inesperado. “Estava a tentar libertar uma bola que tinha ficado presa numa árvore. Atirei uma pedra e ela foi para um canteiro. Fui buscá-la e, ao afastar os arbustos, de repente, estava ali uma seringa ensanguentada. Só por acaso, não me piquei”, descreve o morador da Graça, com 48 anos e pai de dois filhos menores. Foi como que o despertar para a realidade do consumo de drogas na via pública na Mouraria. A cena passou-se há cerca de dois anos e, de lá para cá, o cenário tem-se agudizado naquela zona da cidade, garantem Miguel e outros moradores ouvidos pelo PÚBLICO.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.