A língua portuguesa, a campanha e a São(ta) ignorância
Tirando as ladainhas do costume, os políticos não fazem a mínima ideia do que está em causa na questão ortográfica.
Acordaram o bicho. Estava ele posto em sossego pela costumeira inércia nacional (não como a linda Inês, que teve pior sorte), quando José Pacheco Pereira o acordou. E logo para falar da São, esparramada em cartazes de fundo verde, ao lado do Pedro. Não é Pedro e Inês, é Pedro e a São, que é mais moderno. Esta “A São”, que é como, mais dia, menos dia, se pronunciará “ação”, forma moderníssima de escrever a velha acção – de acto, de actividade, de tudo o que age ou mexe – espalhou-se por toda a parte, ainda que não cantando, como fez Luís Vaz de Camões.
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