PCP defende que Estado não atribua mais dinheiro às PPP do que à Cultura

Paulo Raimundo insistiu também no objectivo de destinar, no futuro, 1% do PIB para a Cultura.

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Paulo Raimundo numa acção de campanha esta semana LUSA/FERNANDO VELUDO
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O secretário-geral do PCP avisou esta quinta-feira que os próximos orçamentos do Estado não podem atribuir mais dinheiro às parcerias público-privadas (PPP) do que à Cultura, defendendo que para futuro seja destinado a este sector 1% do PIB.

"Nós não podemos ter orçamentos do Estado que atribuem mais dinheiro às parcerias público-privadas do que à Cultura. É o que temos hoje. Não pode continuar assim", defendeu Paulo Raimundo num encontro com trabalhadores do sector cultural, no Porto.

Sublinhando o compromisso do partido com a Cultura, o dirigente comunista reconheceu que a proposta da CDU de destinar 1% do Orçamento do Estado para o sector "não chega", sendo objectivo futuro caminhar progressivamente para a meta de 1% do PIB (uma proposta partilhada com o Livre).

Para Paulo Raimundo, a cultura é um dos pilares da democracia, sem o qual "a democracia económica, social e política nunca será concretizada", pelo que deve ser "valorizada, protegida e acarinhada".

O secretário-geral do Partido Comunista vê como decisiva a resolução da questão da precariedade laboral, a que estão sujeitos milhares de trabalhadores da cultura, e defende uma mudança de paradigma para que a cultura não seja vista como "negócio".

Perante uma sala cheia, o dirigente comunista deixou claro que a Cultura não é apenas uma bandeira eleitoral e sublinhou o compromisso do partido com a democratização do acesso à Cultura e com a revisão do actual modelo de apoio às artes, assegurando que nenhum projecto elegível fica sem apoio.