Crédito ao consumo atingiu recorde de 7,65 mil milhões em 2023
Empréstimos para compra de automóveis e cartões de crédito explicam subida de 0,8% face ao ano anterior.
Em 2023, os bancos a operar em Portugal emprestaram 7654 milhões de euros em crédito ao consumo, mais 0,8% do que em 2022, e um novo recorde desde o início da série estatística, iniciada em 2012 pelo Banco de Portugal (BdP).
Para o aumento registado nos empréstimos a particulares contribuiu o crédito automóvel, com um crescimento anual de 7%, totalizando 2,87 mil milhões de euros.
Com menor peso, mas também a crescer, esteve o crédito assegurado através de cartões de crédito, facilidades de descoberto e outros, que aumentou 4%, totalizando 1,3 mil milhões de euros.
Já o crédito pessoal, o segmento que tem maior peso, caiu 5%, totalizando 3,44 mil milhões de euros no ano passado.
O valor de crédito concedido no último mês do ano, que ascendeu a 590,6 milhões de euros, representou uma queda, em cadeia, de 12,6% em relação a Novembro, e um recuo ligeiro, de 0,6%, face a Dezembro 2022.
Em Novembro passado, o crédito à habitação superou os dois mil milhões de euros, o montante mais elevado do ano, e, como já se verificou em vários meses, o crédito ao consumo também subiu de forma expressiva.
Ainda relativamente ao último mês de 2023, o crédito automóvel foi o único segmento que subiu, absorvendo 235 milhões de euros, mais 2,2% do que em Dezembro 2022.
O crédito pessoal sem finalidade específica, lar, consolidado e outras finalidades atingiu 239 milhões de euros, menos 3,2% face ao último mês de 2022. Neste segmento, mas para a finalidade de educação, saúde, energias renováveis e locação financeira de equipamento, o montante de empréstimos ascendeu a 10,4 milhões de euros, menos 4% em termos homólogos.
Também em queda estiveram os montantes emprestados através de cartões de crédito, linhas de crédito, contas correntes bancárias e facilidades de descoberto, que ascenderam a 106 milhões de euros, menos 0,4% face a Dezembro de 2022.