Estado perde peso no orçamento do ensino superior há quase 15 anos

Propinas e receitas comunitárias representam uma fatia cada vez maior das contas de universidades e politécnicos, revela tese de doutoramento. Número de professores na carreira diminuiu mais de 25%.

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Estado representa menos de dois terços das receitas do ensino superior público Adriano Miranda
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O peso das transferências do Orçamento do Estado (OE) para as universidades e politécnicos públicos diminuiu 8,5 pontos percentuais no espaço de cerca de uma década e meia. No mesmo período, as contas das instituições de ensino superior ficaram mais dependentes das propinas e de fundos comunitários, revela uma investigação de Gonçalo Leite Velho, que esteve na base de um doutoramento recentemente defendido na Universidade de Coimbra. Estas mudanças decorrem de um processo de “liberalização” do sector, identifica o autor. Mas, ao contrário do que era intenção das reformas feitas no início do século, as instituições não conseguiram aumentar as suas receitas com vendas de bens e serviços.

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