Marta Warelis sintoniza o piano no presente
É um dos nomes mais fascinantes do jazz contemporâneo. Crente no seu papel de música disponível para o momento, a pianista polaca junta-se sábado a Sofia Borges para um concerto do Rescaldo.
“E que tal gravares um álbum a solo?” Até Kevin Reilly, um dos dois fundadores da mui recomendável Relative Pitch Records, abordar Marta Warelis com tal proposta, não se pode dizer que estivesse nos planos da pianista polaca meter-se em tais trabalhos. A sua queda natural para uma abordagem desassombrada ao piano, tão depressa entregue a delicadezas melódicas a planar sobre o silêncio ou a equilibrar-se sobre estilhaços dos espasmos harmónicos de Thelonious Monk quanto a forçar o piano a regurgitar as suas entranhas, vem chamando a atenção de um raio cada vez mais alargado do meio jazzístico desde que se mudou, há dez anos, para Amesterdão, mas cumpria-se até então pela participação em projectos que Warelis nunca liderava.
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