Sindicato organiza arruada em Lisboa para escola pública não ser esquecida nas eleições
Além da arruada do STOP, os sindicatos vão estar na rua durante a campanha eleitoral pela defesa da escola pública e para dar visibilidade às reivindicações dos docentes para a próxima legislatura.
O Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop) vai organizar uma "grande arruada nacional", em Lisboa em 2 de Março, para que a escola pública não seja esquecida durante a campanha eleitoral, anunciou esta segunda-feira o coordenador do sindicato.
André Pestana disse à Lusa que a iniciativa pretende "relembrar que o próximo Governo, seja ele mais à esquerda ou mais à direita, tem seriamente de investir na escola pública e na dignificação dos seus profissionais".
O responsável realçou que a ideia de uma arruada passa por, utilizando o actual contexto de eleições legislativas, avançar com uma iniciativa que "não é uma campanha por partidos, mas pela escola pública", que espera que culmine numa grande mobilização dos profissionais da educação em Lisboa.
"Independentemente de os nossos alunos serem filhos de ricos ou de pobres, é [na escola pública] que todos podem, em igualdade, ter esse direito a uma educação de excelência. É essa a nossa batalha", vincou.
O dirigente sindical salientou que, caso os partidos, após as eleições se "esquecerem" da dignificação dos profissionais, poderão "contar com o Stop para a continuação da luta".
"Há partidos a falar de contratos de associação ou cheques-ensino, mas queremos uma escola pública de excelência e só pode haver uma escola pública de excelência se houver uma dignificação de todos os que lá trabalham", asseverou.
Também a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) já anunciou que, de 26 de Fevereiro a 8 de Março, em todos os dias da campanha eleitoral para as eleições legislativas, estará nas ruas de todas as capitais de distrito do país com a iniciativa "Professores na Campanha", com o objectivo de dar visibilidade às reivindicações dos docentes para a próxima legislatura.
De Norte para Sul, em dois distritos por dia, sempre às 10h e às 15h, os professores vão concentrar-se em plenários e fazer circular quatro petições (que já reúnem as assinaturas necessárias para serem discutidas na próxima legislatura): sobre carreiras, precariedade, condições de trabalho e aposentações.
Recorde-se que o ano de 2023 foi marcado por greves consecutivas dos profissionais da educação e várias manifestações dos professores.