Eleições nos Açores: afluência às urnas nos 34,84% até às 15h, mais alta que em 2020

Representante da República tem esperança que a taxa de abstenção seja mais baixa este ano.

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Os Açores escolhem hoje os seus representantes Rui Gaudêncio
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A afluência às urnas nas eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores foi de 34,84% até às 15h (hora local, menos uma do que em Lisboa), segundo os dados oficiais. Em 2020, até às 16h (e não 15h, como este ano) a afluência tinha-se ficado pelos 32,54%, sendo que, quatro anos antes, à mesma hora, tinha sido ainda mais baixa, situando-se nos 29,29%.

Estes números confirmam a tendência de haver mais pessoas a votar este ano, como já se tinha verificado de manhã. Até às 11h já tinham votado 13,77% dos eleitores inscritos, o que representa menos quatro pontos percentuais do que este ano. Em 2020, à mesma hora, esta afluência ficou-se pelos 9,12% e quatro anos antes foi ainda mais baixa, situando-se nos 7,47%.

Quando foi exercer o seu direito de voto, o representante da República para os Açores, Pedro Catarino, defendeu que todos devem fazê-lo nas eleições regionais para reforçar a democracia e a autonomia, manifestando esperança numa redução da taxa de abstenção.

"O voto é muito importante e todos devemos usá-lo e exercê-lo, para satisfação da nossa auto-estima, mas também para reforço da democracia e da autonomia. E também para o futuro dos nossos filhos", afirmou Pedro Catarino, em declarações aos jornalistas.

O representante da República para a Região Autónoma dos Açores falava, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, depois de ter votado, no Centro Comunitário e Social de São Pedro, para as eleições legislativas regionais.

Pedro Catarino salientou que "uma das obrigações mais importantes" dos cidadãos "é o direito, que também é um dever cívico", de proceder à escolha dos governantes através do voto. "Nós temos a felicidade de viver numa sociedade em que prevalece a tolerância, o respeito mútuo, o primado do direito e a garantia dos direitos e liberdades fundamentais, temos a felicidade de viver em paz e democracia e temos de fazer por merecê-lo, através de cumprirmos as nossas obrigações", adiantou.

Numa região que apresenta tendencialmente taxas elevadas de abstenção, o representante da República para os Açores disse ter "esperança" numa maior participação neste ato eleitoral.

"Tenho esperança. Estamos numa conjuntura muito importante, em que vai haver uma sucessão de três eleições num curto espaço de tempo. São três eleições muito importantes para o futuro da região, todas elas. Portanto, acho que isso serve também para consciencializar as pessoas que têm de participar, têm de se manifestar, têm de contribuir para o fortalecimento das instituições democráticas. No mundo em que vivemos é importantíssimo", apontou.

Em dia de sol, na ilha Terceira, Pedro Catarino frisou que não há desculpas para ficar em casa e não votar. "Não há desculpas. O tempo está maravilhoso. Para quem julgue que está sempre a chover nos Açores, não é verdade. Tem dias maravilhosos como hoje. E é um dia maravilhoso o dia em que votamos", rematou.

As eleições antecipadas para o parlamento dos Açores - as primeiras na história da autonomia do arquipélago - foram convocadas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que dissolveu a assembleia após o chumbo, no final de 2023, do Plano e Orçamento deste ano. O documento mereceu os votos contra do PS, do BE e da IL, e as abstenções do Chega e do PAN. O deputado independente votou a favor.

O número de eleitores inscritos nas eleições de hoje é de 229.830, de acordo com a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna. As 291 secções de voto para as eleições legislativas regionais dos Açores abriram sem qualquer incidente às 8h e vão encerrar às 19h locais (mais uma hora em Lisboa).

Um total de 229.830 eleitores, mais 828 do que no sufrágio de 2020, está inscrito para escolher os 57 deputados da Assembleia Legislativa Regional. Concorrem às eleições 11 forças políticas, oito partidos e três coligações: PSD/CDS-PP/PPM, CDU (PCP/PEV), Alternativa 21 (MPT/Aliança), PS, Chega, BE, PAN, Livre, ADN, Iniciativa Liberal e Juntos Pelo Povo.