Pombo suspeito de ser espião chinês é solto depois de oito meses na Índia

A ave foi libertada a 29 de Janeiro, oito meses depois de ter sido capturada. Como tinha caracteres chineses escritos nas anilhas, as autoridades suspeitaram que poderia ser um espião.

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O pombo foi capturado num dos portos da cidade de Bombaim Reuters
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As autoridades indianas já têm todo um historial de capturas de aves que atravessaram a fronteira, não por serem espécies migratórias, mas por, alegadamente, trabalharem como espiões para outros países.

A última vez que isso aconteceu foi em Maio de 2023 quando um pombo pousou num dos portos da cidade de Bombaim.

Segundo a agência AP, que cita a imprensa indiana, o animal tinha duas anilhas em cada uma das patas com palavras que pareciam estar escritas em caracteres chineses. Para os agentes, foi prova mais do que suficiente para suspeitarem que o pombo era um espião da China.

A ave foi levada para o hospital veterinário Bai Sakarbai Dinshaw Petit. Depois de analisarem as anilhas, os veterinários concluíram que se tratava de um pombo utilizado em competições que acabou por fugir de Taiwan e voou até à Índia.

Mesmo assim, foram precisos oito meses até as autoridades indianas autorizarem a libertação do animal, a 29 de Janeiro.

Enquanto a ordem não foi dada, o pombo viveu na Sociedade de Bombaim para a Prevenção da Crueldade contra Animais (BSPCA, na sigla original), uma associação que acolhe animais feridos.

Em 2020, a polícia indiana de Caxemira, região subdividida e controlada pela Índia, China e Paquistão, também capturou um pombo suspeito de espionagem. Mais tarde, descobriram que a ave, que sobrevoou a fronteira fortemente militarizada entre os dois países, pertencia a um cidadão paquistanês.

Em 2016 aconteceu a mesma coisa. A Índia deteve outro pombo que trazia uma mensagem que continha uma ameaça endereçada ao primeiro-ministro do país, Narendra Modi.

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