O detective mais verdadeiro de todos

A série True Detective era muito mais simples e menos esperta do que as cargas de expectativas que lhe depositaram, e isto é 100% elogio.

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A primeira temporada de True Detective estreou-se há dez anos. Foi um acidente brilhante, com um impacto tão permanente que, apesar do seu putativo formato (antologia, com segmentos autocontidos), cada temporada subsequente deu por si a reagir-lhe. A segunda com uma rejeição, inversão ou intensificação metodicamente caricatural de cada elemento; a terceira embrulhando-se num exasperado metacomentário às heterogéneas reacções do público; a quarta, e mais recente, apostando num correctivo crítico explícito, com várias citações directas (espirais, o “Rei Amarelo”, o pai de Rust Cohle, etc.) e a promessa de desproblematizar o problemático.

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