Dano provocado por turista atrasa relógio da Torre dos Clérigos no Porto

O facto de nos últimos dias “apenas terem sido turistas a subir à torre” sustenta a convicção quanto ao autor da avaria.

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Relógio foi danificado Manuel Roberto
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O relógio da Torre dos Clérigos, no Porto, está atrasado 40 minutos desde segunda-feira após um turista ter danificado um dos seus veios, revelou à Lusa o director executivo da Irmandade dos Clérigos, António Tavares.

O relógio teve uma "pequena avaria" devido a um "turista ter mexido num dos veios mecânicos", situação que provocou "um atraso de cerca de 40 minutos", explicou o responsável.

António Tavares revelou que "um dos veios é mais ou menos acessível ao toque do turista", e que "não é a primeira vez que isto acontece".

"Vamos tomar medidas de protecção do veio e da parte mecânica do relógio", assinalou António Tavares, que informou estar a reparação prevista para "quarta-feira de manhã".

Questionado sobre os custos da reparação, António Tavares disse serem "sempre valores significativos" que vão "ampliar o investimento" que vem sendo feito "há algum tempo [pela irmandade] na reparação, manutenção e melhoria do relógio".

Segundo o director executivo, apesar de "não ter sido possível identificar o responsável pelo dano", o facto de nos últimos dias "apenas terem sido turistas a subir à torre" sustenta a convicção quanto ao autor da avaria provocada no relógio centenário.

A Irmandade dos Clérigos é uma instituição solidária, responsável pela gestão do conjunto arquitectónico Clérigos (Igreja e a Torre), classificado Monumento Nacional desde 1910 e considerado ex-líbris do Porto.

A Igreja e a Torre, desenhadas pelo arquitecto Nicolau Nasoni, são a casa da Irmandade dos Clérigos desde 28 de Março de 1748.