Ataque russo com mísseis causa pelo menos cinco mortos na Ucrânia

Desde final do ano de 2023 que os ataques russos se itensificaram contra a Ucrânia.

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Bombardeamento russo em Kharkiv EPA/OLEG PETRASYUK
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Pelo menos cinco pessoas morreram e 40 ficaram feridas hoje num ataque com mísseis lançado pela Rússia contra várias regiões da Ucrânia, incluindo a capital, informaram as autoridades ucranianas.

Numa mensagem divulgada na plataforma de mensagens Telegram, o ministro do Interior ucraniano, Igor Klimenko, disse que foi confirmada a morte de três pessoas em Kharkiv (nordeste), onde também há 30 feridos.

“Os ocupantes atingiram dois edifícios residenciais”, lamentou Igor Klimenko, que mencionou ainda a existência de 30 feridos em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia.

Um edifício residencial de vários andares foi destruído parcialmente, prendendo um número até agora ainda desconhecido de pessoas no local, disse o autarca de Kharkiv, Igor Terekhov.

Klimenko também mencionou uma morte em Kiev, onde dois edifícios residenciais e um edifício privado sofreram danos. “Há vários incêndios na capital como resultado do ataque com mísseis”, acrescentou.

“Como resultado do ataque com mísseis a Kiev já temos registo da morte de uma mulher e de quatro feridos”, escreveu o chefe da administração militar da capital, Sergei Popko, que mencionou ainda danos em diversas áreas residenciais.

O autarca de Kiev, Vitali Klitschko, disse, também no Telegram, que nove pessoas ficaram feridas, incluindo um jovem de 13 anos, e que vários edifícios foram evacuados após um míssil não detonado ter sido encontrado num apartamento.

Uma outra vítima perdeu a vida na cidade de Pavlograd, na região de Dnipropetrovsk, no centro do país, enquanto três pessoas ficaram feridas em Buchanski, na região de Kiev, notou ainda Igor Klimenko.

O ataque surgiu horas depois de o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, ter dito estar confiante num consenso para disponibilizar mais cinco mil milhões de euros para a Ucrânia ao abrigo do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz.

Isto depois de a UE ter falhado, em Dezembro, um acordo para a revisão do quadro financeiro plurianual que incluía um pacote de 50 mil milhões de euros para apoiar a Ucrânia entre 2024 e 2027, devido ao bloqueio por parte da Hungria.

No domingo, Denis Pushilin, líder da autoproclamada República Popular do Donbass - anexada pela Rússia em Setembro de 2022 –, acusou as forças ucranianas de causarem a morte de 25 pessoas num ataque contra um mercado em Donetsk.

O exército da Ucrânia negou responsabilidade, garantiu que as forças naquela zona da frente não recorreram em “operações de combate” ao tipo de armas usadas contra o mercado e acusou Moscovo de “difundir desinformação”.