Chineses da Fosun vendem 5,6% do BCP, ficam com participação de 20%

Participação do accionista asiático no BCP tem vindo a ser reduzida desde os 29,45% do capital em Junho do ano passado.

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Accionista de referência reduz posição na institução liderada por Miguel Maya LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO
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Os chineses da Fosun avançaram com a venda de até 5,6% da sua posição no BCP, detidas através da sociedade Chiado, processo que ficou concluído ainda esta terça-feira.

A comunicação da venda foi feita na tarde desta segunda-feira, através de um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), onde é referido que o grupo manterá 3.027.936.381 acções do BCP, representativas de 20,04% do capital da instituição financeira, que ficam sujeitas a "um lock-up [imobilização] de 60 dias".
Em Junho de 2023, e de acordo com a informação oficial da instituição bancária, a participação do accionista asiático ascendia a 29,45% do capital do BCP.

“Serve o presente [comunicado] para anunciar que a Chiado [empresa com sede no Luxemburgo] irá proceder ao lançamento de uma oferta particular das acções através de um processo de accelerated bookbuilding dirigido exclusivamente a investidores institucionais qualificados”, lê-se na primeira informação enviada à CMVM.

Horas mais tarde, chegou a confirmação da venda, pelo valor de 0,2780 euros por acções, elevando a operação a 235,188 milhões de euros.

A operação foi realizada a um valor ligeiramente abaixo da cotação das acções do BCP na sessão desta segunda-feira, que foi 0,2875 euros cada título.

Entretanto, "o Millennium BCP foi informado que é a intenção da Fosun manter uma participação acima dos 20%, permanecendo como accionista de referência do banco”, garantiu ao PÚBLICO fonte oficial da instituição liderada por Miguel Maya.

A Fosun, que também é dona da Fidelidade, entrou no capital do BCP em 2016, tendo, na altura investido quase 174,6 milhões de euros para comprar 16,7% do capital do banco.

Considerando apenas a actividade em Portugal, os lucros do Millennium BCP nos primeiros nove meses do ano passado ascenderam a 295,7 milhões de euros, montante que caiu para 97,2 milhões de euros na consolidação de resultados, onde se inclui a actividade na Polónia.

Notícia actualizada com informação relativa à concretização da operação.

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