Navegador português ganha nona etapa do Dakar

Fausto Mota junto o seu nome ao de outros portugueses vitoriosos em etapas na principal prova de todo-o-terreno mundial.

Foto
O Dakar continua a decorrer na Arábia Saudita EPA/Gerard Laurenssen
Ouça este artigo
00:00
04:28

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

O navegador português Fausto Mota ajudou nesta terça-feira o piloto brasileiro Cristiano Batista (Can Am) a vencer a nona etapa da 46.ª edição do rali Dakar de todo-o-terreno, na categoria dos SSV.

A dupla luso-brasileira concluiu os 417 quilómetros cronometrados entre Ha"il e Al Ula, na Arábia Saudita, com o tempo de 5h02m30s, batendo o francês Xavier de Soultrait (Polaris) por 9m26s, com o espanhol Gerard Farrés Guell (Can Am) em terceiro, a 10m38s.

Ao todo, 10 pilotos diferentes conseguiram vencer etapas no Dakar (Duarte Guedes, Paulo Marques, Carlos Sousa, Bernardo Vilar, Ruben Faria, Hélder Rodrigues, Paulo Gonçalves, Ricardo Leal dos Santos, Joaquim Rodrigues Jr., Ricardo Porém e João Ferreira) bem como cinco navegadores (Fausto Mota, Paulo Fiúza, João Luz, Miguel Ramalho e Filipe Palmeiro).

Hélder Rodrigues continua a ser o mais vitorioso entre os portugueses, com nove vitórias em etapas, conseguidas todas nas motas, entre 2006 e 2016. Segue-se o navegador Paulo Fiúza, com sete, e o piloto Carlos Sousa, com seis.

A saga vitoriosa de Portugal no Dakar começou com a vitória de Duarte Guedes na nona etapa dos automóveis em 1997, ano em que Paulo Marques somou, também, a primeira vitória nas motos, na 13.ª tirada.

Esta nona etapa foi azarada para João Ferreira e Filipe Palmeiro (Can Am), que eram segundos classificados à partida. A dupla portuguesa sofreu um problema com a bomba de gasolina do seu veículo e cedeu mais de uma hora, caindo para o quinto posto.

Na classificação geral dos SSV, os veículos ligeiros derivados de série, o francês Xavier de Soultrait mantém a liderança, agora com 28m16s de vantagem sobre a norte-americana Sara Price (Can Am), com o checo Jerome de Sadeleer (MMP) em terceiro, a 31m10s.

João Ferreira é quinto, a 1h18m14s, enquanto Fausto Mota é o sétimo classificado, a 4h01m43s.

Nas motos, Rui Gonçalves (Sherco) foi o melhor português, ao terminar o dia na 11.ª posição, a 13m09s do vencedor, o francês Adrien van Beveren, da equipa Honda gerida pelo português Ruben Faria. A marca nipónica fez mesmo o pleno pois o norte-americano Ricky Brabec (Honda) ficou na segunda posição, a 32 segundos, com o chileno Pablo Quintanilla (Honda) em terceiro, a 4m19s.

Bruno Santos (KTM) foi o 25.º classificado e António Maio (Yamaha) o 29.º. Mário Patrão (Honda) foi 31.º e venceu novamente entre os veteranos, com mais de meia hora de vantagem.

Na geral, Brabec lidera com 7m09s de avanço para Ross Branch (Hero), do Botswana, com Adrien van Beveren em terceiro, a 11m26s.

António Maio é o melhor português, no 18.º lugar, com Rui Gonçalves em 24.º, Bruno Santos em 29.º e Mário Patrão em 30.º.

Nos automóveis, a vitória coube ao francês Sébastien Loeb (BRX), a 27.ª da carreira, quarta da competição deste ano. Em 88 especiais já disputadas nas oito participações que já leva, significa uma taxa de sucesso de 30,6%, a mais alta de entre todos os participantes.

Loeb, que ainda sofreu dois furos durante a tirada, gastou 4h17m33s, batendo o segundo classificado, o espanhol Carlos Sainz (Audi) por 4m14s, com o francês Mathieu Serradori (Century) em terceiro, a 4m43s.

Na geral, Sainz tem, agora, 20m33s de vantagem sobre Loeb, com o brasileiro Lucas Moraes (Toyota) em terceiro, mas já a 1h12m02s.

Nos challenger, a categoria de veículos ligeiros protótipos, venceu o argentino Nicolas Cavigliasso (Taurus), com Ricardo Porém (MMP) na nona posição, a 21m16s. João Monteiro (Can Am) foi 16.º.

Na geral, o norte-americano Michael Guthrie (Taurus) lidera confortavelmente, enquanto Ricardo Porém é sétimo e João Monteiro 13.º.

Quarta-feira disputa-se a 10.ª das 12 especiais deste rali, com 371 quilómetros cronometrados em redor de Al Ula.