Vieira da Silva, Mendonça Mendes, Alexandra Leitão e Delgado Alves no secretariado do PS
Comissão nacional do PS elege neste sábado os órgãos de direcção do PS propostos pelo novo líder. Alegre eleito presidente honorário dos socialistas.
Mariana Vieira da Silva, que apoiou José Luís Carneiro, e António Mendonça Mendes, que se manteve neutro, fazem parte da lista apresentada por Pedro Nuno Santos para o novo secretariado do PS e divulgada neste sábado de manhã no início da reunião da comissão nacional que decorre em Coimbra. Ambos, a primeira como ministra da Presidência, e o segundo como secretário de Estado adjunto (e é também líder da federação de Setúbal), fazem parte do núcleo político mais restrito de António Costa. Mariana Vieira da Silva repete o mandato, tal como Francisco André, actual secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação.
Na lista foram também incluídos alguns nomes conhecidos como sendo muito próximos do novo líder socialista, como o ministro do Ambiente e Transição Climática, Duarte Cordeiro; a ministra da Habitação Marina Gonçalves; a deputada e coordenadora da moção de candidatura de Pedro Nuno Santos e do programa eleitoral Alexandra Leitão; o deputado e director da campanha interna do novo secretário-geral, Francisco César; os deputados e ex-secretários de Estado e actuais deputados João Paulo Rebelo e Marcos Perestrello; o ex-secretário-geral-adjunto e deputado João Torres; o antigo chefe de gabinete Nuno Araújo.
A nova composição, aprovada neste sábado com uma votação de 91,6%, conta ainda com a presidente da Câmara da Amadora, Carla Tavares; e com a manutenção da deputada Isabel Moreira e da vereadora de Portimão Isilda Gomes.
Ao contrário do que o PÚBLICO noticiou, Francisco Assis não integra o secretariado. “A minha participação na vida política não passará por uma presença quotidiana no espaço partidário. Essa fase passou”, declarou Francisco Assis, ao PÚBLICO, considerando que “o novo secretariado nacional é muito bom e materializa a necessária renovação do PS”.
A lista de secretários nacionais adjuntos é composta por André Pinotes Baptista, Bruno Veloso, Cristina Sousa, Hélio Fazendeiro Joana Sá Pereira, Maria Begonha, Pedro Coimbra e Pedro Vaz.
Com a nova composição, deixam o secretariado nacional ministros como Ana Catarina Mendes, Ana Mendes Godinho, Fernando Medina, José Luís Carneiro, o eurodeputado Pedro Marques e o deputado Pedro do Carmo que coordenou todo o processo eleitoral das directas do partido - na sua maioria transitam para a comissão política nacional.
Também já é conhecida a composição da comissão política nacional, que foi igualmente alvo de negociação entre Pedro Nuno Santos, José Luís Carneiro e Daniel Adrião. Da qual constam, além dos dois concorrentes a secretário-geral derrotados, nomes como Francisco Assis, Augusto Santos Silva, Ana Catarina Mendes, Manuel Pizarro, Fernando Medina, Luís Capoulas Santos, Carlos Zorrinho, Eurico Brilhante Dias, Edite Estrela, José Vieira a Silva, Inês de Medeiros, João Soares, Jamila Madeira, Luísa Salgueiro, Maria de Belém Roseira, Maria Antónia Almeida Santos, Ricardo Leão, Sérgio Sousa Pinto, Tiago Barbosa Ribeiro. A lista foi aprovada por 92,4% dos votos.
A mesa da comissão nacional foi votada neste sábado de manhã durante o período de acreditação para a reunião e recebeu 95,73% dos votos expressos. Integram este órgão o presidente Carlos César, e como vice-presidentes Luísa Salgueiro e António Pina.
Manuel Alegre foi também eleito presidente honorário do PS com 95,34% dos votos expressos tendo recebido uma ovação, de pé, dos membros da comissão nacional. O histórico socialista foi proposto para o cargo honorífico pelo secretário-geral, Pedro Nuno Santos, e pelo presidente do partido, Carlos César.
"É a justa homenagem que podemos fazer a um dos nossos maiores, como lutador pela liberdade, pela igualdade, um farol do sistema democrático para todos nós; alguém por quem temos grande respeito", elogiou depois Pedro Nuno Santos. "Numa fase avançada da vida, temos obrigação de reconhecer todos os históricos do Partido Socialista, reconhecendo a história da pessoa de Manuel Alegre (...) Só conseguimos construir o futuro quando temos respeito pelo passado e pela história, quando a conhecemos, respeitamos e quando somos capazes de aprender com ela", acrescentou o líder socialista.