FC Porto volta a atrasar-se na visita ao Boavista

Empate a um golo deixa a equipa de Sérgio Conceição mais longe do Sporting na discussão pelo título.

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Toni Martínez e Rodrigo Abascal em disputa no Bessa EPA/JOSE COELHO

Boavista e FC Porto não foram além de um empate (1-1) no derby portuense, em partida referente à 16.ª jornada da I Liga, que deixa os portistas a cinco pontos da liderança e o Boavista em risco de perder o décimo lugar do campeonato, prova na qual não vence desde a 5.ª jornada.

Toni Martínez (23') e Bruno Lourenço (28') foram os autores dos golos da igualdade registada no Bessa, onde o FC Porto ganhou vantagem sensivelmente a meio da primeira parte na sequência de um lance confuso, em que Evanilson falhou a emenda ao cruzamento de Pepê, mas conseguiu um ligeiro desvio para a finalização de Toni Martínez.

Depois de uma entrada em que o Boavista — marcado pela sequência de dez jogos sem vencer no campeonato — se preocupou essencialmente em suster as primeiras investidas do vizinho, que ia revelando dificuldades de movimentação no último terço, e quando os portistas pareciam ter desbloqueado o jogo e desactivado o dispositivo “axadrezado”, uma falta assinalada sobre Reisinho e a abordagem displicente da defesa portistas foram cúmplices do golo do empate, um cabeceamento de Bruno Lourenço, sem oposição.

O derby regressava à forma inicial, mas já com o Boavista menos tenso e a surgir com perigo na área de Diogo Costa. O guarda-redes visitante foi mesmo chamado à intervenção da noite para evitar um golo quase certo de Bozeník.

Com o relvado do Bessa a desafiar a competência técnica dos jogadores, onde foram evidentes as baixas provocadas por lesões, castigos e pelas selecções, sem que nenhuma escapasse à adversidade, foi preciso aguardar pela segunda parte para se perceber se a tendência mais ofensiva do FC Porto, com o dobro dos remates, seria suficiente para manter o registo altamente positivo de vitórias em casa do rival, que desde 2007 não supera os “dragões”.

Sérgio Conceição manteve a confiança no “onze” inicial, mas após uma perdida de João Mário e com a primeira hora de jogo esgotada, recorreu à dupla de desequilibradores do plantel, com Galeno e Francisco Conceição a irem a jogo para forçar o golo de que o FC Porto precisava para repor a diferença de três pontos para o líder Sporting.

O efeito das primeiras substituições não era ainda o pretendido, apesar do cerco ao Boavista se acentuar, pelo que o técnico dos “azuis e brancos” procurou outras soluções, lançando Nico González. O espanhol poderia ter sido a resposta aos anseios da equipa, mas o melhor remate da segunda metade saiu a centímetros do poste do Boavista, adiando as decisões do dérbi.

O final ainda aqueceu, com a expulsão de Ibrahima, mas o resultado estava definido.

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